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Política

Caso “Vicente”: UCID exige explicação do Governo sobre salvamento dos náufragos

O líder da UCID, António Monteiro, culpa o Governo pelo afundamento do navio “Vicente”. Monteiro diz também não entender o porquê do Governo ter dois barcos de salvamento parados há mais de quatro anos, quando utiliza não meios apropriados para esse fim
Olhando para o caso do afundamento do navio Vicente, do qual ainda se encontram 12 pessoas desparecidas, António Monteiro afirma não entender a razão do Governo ter em Cabo Verde dois barcos de salvamento, no valor de um milhão de euros cada, parados a mais de quatros na Marina do Mindelo. “Onde andou o Governo e a Agência Marítima e portuária para não se equipar essas duas embarcações com os  recursos humanos necessários. Se o foi o Governo que não disponibilizou os recursos, a responsabilidade, toda ela, vai para o Governo”, sentencia o presidente da UCID.
Monteiro fala da capacidade das duas embarcações, que têm autonomia de 72 horas e 550 milhas. “Ou seja autonomia e alcance suficiente para terem socorrido todas as pessoas . Se tivessem em funcionamento com certeza não haveria tantas pessoas desparecidas”, reitera o líder social-democrata acrescentando que a tragédia só aconteceu pela “falta de autoridade” reinante no país.
Aliás, uma falta de autoridade que considera estar também patente no facto dos oficiais de ponte do Vicente, Capitão e Imediato, serem todos de nacionalidade estrangeira. Isto quando a lei de Cabo Verde diz que os referidos oficiais devem ser necessariamente de nacionalidade cabo-verdiana. “Foi uma preocupação que coloquei no período antes da ordem do dia, na Assembleia Nacional e também num trabalho que fizemos com a AMP. Mas nada foi feito, não foram tomadas as medidas necessárias”.
Um outro erro cometido, segundo o presidente da UCID, no caso do afundamento do navio, diz respeito ao facto de ser o Serviço de Protecção Civil a coordenar as buscas, quando deveria ser a Capitania dos Portos.
Diante de todos esses factores, António Monteiro estranha que até agora não ter havido consequências. Por isso, exige ao Governo que seja feito um inquérito de forma “muito transparente” e que o executivo se responsabilize para que as pessoas com parentes desaparecidos voltem a ter uma vida normal. O líder da UCID aproveita ainda para endereçar um abraço de solidariedade e muita força às vítimas dessa tragédia.
LN

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