Cerca de duas centenas de passageiros de voos inter-ilhas e internacionais estão retidos em São Vicente desde sábado, 04, devido à fraca visibilidade, motivada por poeiras em suspensão, conhecida como bruma seca, que impede a operação de aeronaves.
Na tarde de sábado, 04, por exemplo, o aparelho da companhia portuguesa TAP, proveniente de Lisboa, chegou a sobrevoar o aeroporto Cesária Évora, em São Vicente, mas devido às condições atmosféricas o comandante do voo optou por não aterrar.
O aparelho seguiu para a ilha do Sal, onde foi reabastecido, antes de rumar novamente à Lisboa.
No domingo, a companhia portuguesa aproveitou uma “aberta no estado do tempo” e conseguiu aterrar, no período da manhã, em São Vicente, e levar para Lisboa parte dos passageiros retidos desde a véspera.
Só que esta segunda-feira, 05, as condições de visibilidade pioraram, e quer as companhias que operam voos internacionais quer aquelas que fazem a ligação inter-ilhas não realizaram qualquer voo.
A TACV, por exemplo, cancelou os voos de segunda-feira com origem em São Vicente e destino à Praia, São Nicolau e Sal.
Só uma melhoria no estado do tempo, esperada para os próximos dias, segundo fonte do aeroporto de São Vicente, poderá ajudar no escoamento dos passageiros retidos na ilha.
Por outro lado, a autoridade marítima emitiu um aviso a navegação, sobretudo dirigido às embarcações de pequeno porte, sem radar, para abdicarem da faina enquanto mantiver o actual estado do tempo.
A Agência Marítima Portuária (AMP) explica que a falta de visibilidade provocada pelo pó trazido pelo vento das areias do deserto do Sara, um fenómeno normal nesta altura do ano no arquipélago, está na origem da proibição.
Fonte: Inforpress
Bruma seca deixa em terra cerca de duas centenas de passageiros
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