João Serra, indigitado pelo Governo de Cabo Verde para o cargo de governador do Banco de Cabo Verde (BCV), foi ouvido, esta sexta-feira, pela Comissão Especializada de Assuntos Jurídicos, Direitos Humanos e Comunicação Social, no Parlamento.
Logo após a audição, Serra disse aos jornalistas que o reforço da função de supervisão, a criação de mecanismos de garantia de depósitos e de resolução das crises bancárias, são prioridades no seu consulado com governador do banco central.
Para o efeito, defende o reforço da função de supervisão, que na sua perspectiva é uma responsabilidade “importante” para se garantir o normal funcionamento do sistema financeiro, a liquidez e a solvência do mercado financeiro.
Outro desafio, sublinhou, tem a ver com a criação de alguns instrumentos que ainda não existem e que deixam alguma falta, como são os casos dos mecanismos de garantia de depósitos e da resolução das crises bancárias.
“Nos países europeus, por exemplo, caso um banco vá à falência os depósitos até certos valores, estão garantidos por lei, porque há um fundo de garantia directa que não dispomos. Vamos ter que trabalhar isso e propor ao Governo um diploma neste sentido”, afirmou.
O objectivo, segundo João Serra, é trabalhar com o intuito de ter um sistema financeiro adequado à realidade dos novos tempos.
O indigitado governador do BCV garante que, na sua gestão, envolverá todos colaboradores na vida do banco.
O antigo ministro das Finanças, João Serra, que já tinha sido convidado anteriormente pelo Governo para o cargo de Governador de BCV, e recusado, disse que resolveu aceitar o cargo depois da polémica instalada à volta da indicação do ex-ministro da Indústria Humberto Brito.
Novo Governador do BCV quer sistema financeiro “adequado aos novos tempos”
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