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Tribunal retira acusação de Hosni Mubarak por cumplicidade na morte de manifestantes

O Tribunal Penal do Cairo retirou hoje a acusação do antigo presidente egípcio Hosni Mubarak por cumplicidade na morte de manifestantes na revolução que o derrotou em 2011.
Hosni Mubarak chegou hoje de helicóptero ao Tribunal Penal do Cairo para conhecer a sentença do novo julgamento por “cumplicidade” na morte de manifestantes na revolução que o derrotou em 2011.
Num primeiro processo pelos mesmos factos, Mubarak foi condenado a prisão perpétua, mas a sentença foi mais tarde anulada por razões técnicas e o caso novamente julgado.
A agência oficial de notícias Mena relatou a chegada ao tribunal de Mubarak, de helicóptero, e dos restantes acusados no caso, que já foi denominado de “o julgamento do século”.
A leitura do acórdão esteve anunciada para 26 de setembro, mas foi adiada para hoje pelo Tribunal Penal do Cairo.
O juiz Mahmud al Rachidi explicou na altura que só podia verificar 60% da documentação do caso, composto por cerca de 160 mil páginas.
O ex-ministro do Interior Habib al Adli e altos responsáveis dos serviços de segurança também são julgados pela morte de manifestantes.
Mubarak enfrentava ainda acusações, juntamente com os seus dois filhos, Alaa e Gamal, e o empresário Hussein Salem, de alegada corrupção e enriquecimento ilícito por exportações de petróleo para Israel a preços supostamente mais baixos do que os de mercado.
O novo julgamento de Mubarak começou em 13 de abril de 2013, depois de em janeiro daquele ano um tribunal ter anulado a sentença de prisão perpétua imposta ao ex-presidente Hosni Mubarak.
O antigo presidente, 86 anos, foi julgado juntamente com o seu ministro do Interior, Habib al-Adly, e altos responsáveis dos serviços de segurança do regime.
Segundo um balanço oficial, 846 pessoas foram mortas e milhares feridas durante a revolta de 2011 que pôs fim ao regime de Mubarak.
Mubarak está detido num hospital militar do Cairo devido a problemas de saúde.

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