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Activistas angolanos prometem voltar hoje à rua em protesto contra Governo

Dez movimentos de jovens activistas angolanos convocaram para hoje uma manifestação de protesto conjunta, em Luanda, contra o atual Governo, exigindo a demissão do Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Segundo informação tornada pública pelo autodenominando Conselho Nacional dos Activistas de Angola, o protesto de hoje será “pacífico”, apenas com “cartazes e palavras de ordem”, mas antevendo desde já críticas ao Executivo.
O desemprego, a falta de habitações e de terrenos para construir, mas também de água potável, são assuntos sobre os quais estes dez movimentos apelam à “reflexão” do povo, conforme se pode ler nos panfletos distribuídos nos últimos dias pela capital angolana.
Por outro lado, afirmam que os dirigentes do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde a independência, em 1975, “não se preocupam em dar emprego aos angolanos” e acusam “portugueses e brasileiros” de ficarem com postos de trabalho na restauração, hoteleira ou construção civil.
“Vamos exigir perante África e o mundo a demissão imediata do cidadão José Eduardo dos Santos do cargo de Presidente da República”, lê-se na convocatória da manifestação, que prevê a possibilidade de a contestação continuar no domingo.
Interpretado como um aviso sobre esta manifestação, o ministro do Interior, Ângelo Veiga Tavares, recomendou, na segunda-feira, firmeza e vigilância redobrada face a “reiteradas e veladas” tentativas de alteração da ordem democrática e constitucional por parte de algumas forças políticas.
Referiu, sem apontar nomes, que algumas dessas forças, usando artifícios antidemocráticos, têm tentado fazer em Angola “uma réplica do que aconteceu em alguns países vizinhos”.
A manifestação de hoje está agendada para as 15:00 (menos uma hora em Lisboa), com concentração no largo 1.º de Maio, no centro de Luanda.
Estas manifestações antigovernamentais, que se sucedem desde 2011, terminam por norma com várias detenções e confrontos com a polícia.
Fonte: Lusa

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