Diante de uma onda de criminalidade e de um perigoso momento que se vive, há vozes que pedem o aumento da pena máxima. Se esta solução não deve ser posta de lado, o certo é que não deve ser assumida como a panacéia de todos os nossos males, que têm a ver com muita fragilidade social, baixo civismo e a economia paralela da droga. Não adianta procurarmos as razões tão longe quando elas estão em casa. Há toda uma estrutura, montada – à vista desarmada! -, capaz de proteger e de blindar os homens e as mulheres, alguns até atrás das grades, que vão mexendo os cordelinhos do crime. Destarte, o que precisamos mesmo é agravar o combate real e eficaz às causas do crime. Haverá coragem?
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