Longas filas eram visíveis em vários dos locais de votação instalados para a consulta independentista de hoje na Catalunha, com a jornada de hoje a começar praticamente sem incidentes, exceto algumas tentativas de boicote em algumas escolas.
Silicone nas fechaduras e graffiti ofensiva nas paredes marcou, em alguns locais, o arranque do dia, que começou com a chegada dos mais de 40 mil voluntários aos mais de 1.300 locais instalados para a consulta.
Fonte da Assembleia Nacional Catalã (ANC), principal entidade da sociedade civil que lidera o processo de hoje, destaca a “normalidade praticamente total” que se vive em toda a região da Catalunha.
A ANC tinha informado que alguns dos organizadores da votação na região de Girona foram alvo de um ataque telefónico massivo com chamadas feitas de forma automática por um número desconhecido, o que dificulta a coordenação das tarefas
Carme Forcadell, presidente da ANC, foi uma das primeiras líderes regionais a chegar ao seu local de voto, no caso em Sabadell.
“Estamos muito contentes já pelo simples facto de votar. Passe o que passar, hoje estamos a demonstrar que somos soberanos. Desafiámos o Estado”, disse aos jornalistas.
Os primeiros votos neste processo foram depositados fora de Espanha, nomeadamente na cidade de Sydney onde as urnas abriram às 09:00 locais, início da madrugada em Barcelona, e posteriormente em Hong Kong e Tóquio.
No total foram instalados 6.695 pontos de participação em 942 dos 947 municípios da Catalunha.
Fora da Catalunha, haverá 19 pontos de votação, nos escritórios do Governo catalão em cidades como Paris, Londres, Nova Iorque e São Paulo
Mais de 600 jornalistas de vários países estão acreditados para acompanhar a votação.
Durante a jornada de domingo estarão destacados em toda a Catalunha 2.236 efetivos dos Mossos d’Esquadra – a polícia regional – e 4.756 outros como reforço, segundo anunciou o “ministro” regional do Interior, Ramon Espadaler.
Fonte: Lusa
