Blaise Compaoré, presidente de Burkina Faso, declarou estado de emergência no país e dissolveu o Governo, depois de uma centena de manifestantes ter incendiado o edifício do Parlamento, esta quinta-feira, em Ouagadougou. Na origem da manifestação, estava o facto de Blaise Compaoré ter tentado prolongar o seu mandato.
A decisão foi tomada depois de o presidente ter reunido com o Conselho de Ministros. O líder assinalou que etsá disposto a negociar com a oposição e que Gilbert Diendre, general do exército, ficará encarregue de restabelecer a ordem no país, segundo os media locais, citados pela EFE.
O edifício do Parlamento do Burkina Faso foi esta quinta-feira incendiado por centenas de manifestantes. Em Ouagadougou, capital do país, milhares de pessoas estão a protestar contra um projeto-lei, cuja votação estava agendada para hoje, para alterar a Constituição. O objetivo era permitir que Blaise Compaore, Presidente do país há 27 anos, ainda se possa candidatar a mais um mandato, nas eleições do próximo ano.
À volta de 1.500 pessoas, noticia a BBC, que tem uma correspondente no local, terão conseguido entrar no Parlamento. Pelo menos uma pessoa já terá sido abatida a tiro, avançou o Burkina24, diário do país, antes de revelar que também os edifícios do canal de televisão e da estação de rádio do Estado foram ocupados pelos manifestantes. François Compaore, irmão do presidente, já terá sido detido por militares no aeroporto da capital.
Burkina Faso em estado de emergência, depois de manifestantes terem incendiado o Parlamento
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