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Sociedade

Maio: Pescadores maienses dizem estar “descontentes” com a paralisação das obras da construção dos dois faróis há quase um ano

Os pescadores maienses dizem estar “descontentes” com a paralisação das obras da construção dos faróis situados na praia de cais e no Flamengo, há quase um ano, sem que ninguém lhes explique as razões desta situação.
Em declarações à Inforpress, os pescadores maienses afirmam que estavam satisfeitos com o andamento das obras , já que se encontravam numa fase bem avançada.
Os faróis em referência estavam danificados há quase 30 anos, mas os pescadores dizem-se espantados com o cancelamento das obras e que desconhecem a razão desta medida, que já dura há quase um ano e não sabem para quando vão retomados os trabalhos.
Conforme avançou à Inforpress o pescador Rafael Santos Neves, há três décadas que estão a reclamar a recuperação ou até a construção de raiz destes faróis, principalmente o que fica na parte mais a norte da ilha, visto que é ali que se concentra a maioria dos pescadores daquela região, a par dos que se deslocam da ilha de Santiago.
No entanto, manifestou a sua insatisfação pela repentina atitude das autoridades em paralisar as obras, sublinhando que ” deviam iniciar com os trabalhos um pouco mais cedo, porque na época d´azagua qualquer chuvisco impossibilita o trânsito dentro da salina.
“Mas, já que entenderam que deveria ser naquela altura ,então logo que passasse aquela época deveriam continuar com os trabalhos e hoje já teriam os faróis a funcionar”, adiantou
No mesmo sentido disse o colega Olavo Francisco Martins, que lembrou ser este um dos seus principais auxiliadores durante a faina à noite, porque neste momento em que a pesca não está “numa boa fase”, sentem-se obrigados a pescarem tanto de dia como à noite, mas sem este equipamento de apoio à navegação sentem-se menos seguros nos seus trabalhos.
“Estamos a reivindicar esta situação há muitos anos e agora que decidiram construir um novo farol, algo que tinha deixado todos os pescadores contente com esta medida, já tornou motivo de desgosto, porque voltamos a sentir que os governantes não estão a interessar pelas nossas situações. Enquanto isso, pagamos uma taxa de navegação, bem como licença de pesca todos os anos”, sublinhou.
Além disso, aquele pescador apontou uma outra situação que tem vindo a preocupar a classe da parte mais a norte da ilha, que tem que ver com a situação “degradante” em que se encontra a casa de abrigo dos pescadores na baía de porto cais.
Na opinião deste pescador, é um perigo e que a qualquer altura pode causar algo “desagradável”, porque sem outra alternativa abrigam debaixo daquele edifício em ruínas.
“Esperemos que uma parte do dinheiro do acordo de pesca entre Cabo Verde e União Europeia seja empregada aqui na ilha, principalmente na construção de uma nova casa de abrigo de pescadores e com todas as condições, assim como uma linha de crédito que nos possibilite adquirir os equipamentos que precisamos”, conclui.
De referir que as obras da construção dos faróis de Praia de Cais e de Flamengo iniciaram-se no final do mês de Julho, mas apenas ficaram pela construção das base, e até o momento aguarda-se pela sua conclusão, uma obra que está a cargo de um empresa estrangeira.
Inforpress

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