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Sociedade

Já são conhecidos os vencedores do Prémio Nacional de Jornalismo 2019

Já são conhecidos os vencedores do Prémio Nacional de Jornalismo 2019.

Na categoria imprensa o prémio foi entregue a Sara Almeida, do Expresso das Ilhas, com a reportagem “União de facto na adolescência: meninas-mulheres ou “a vida antes do tempo”.

De acordo com a apreciação do júri “em Meninas-mulheres ou a vida antes do tempo”, Sara Almeida faz uma “serena abordagem jornalística que transcende a problemática da gravidez precoce para nos levar a reflectir sobre a vida de quem é forçada a antecipar a vida adulta”.

O trabalho, diz o júri, apresenta o mérito de dar rosto humano aos dados estatísticos e de contar histórias de crianças ou adolescentes obrigadas a cuidar da casa e de encarar desafios sociais enormes, quando deveriam estar na escola e a crescer com apoio familiar e humano para se fazerem adultas, de modo natural.

Já na categoria rádio, venceu a reportagem “Situação do Celeiro Agrícola Justino Lopes”  da autoria da jornalista, Ângela Monteiro, da RTC (Rádio de Cabo Verde).

Conforme o júri “ o tema é muito interessante e há um levantamento muito importante, quase exaustivo, de informações”, sendo que a matéria traz dados novos da maior empresa agro-pecuária que o país já teve, como o da produção do biogás e o investimento da empresa na educação, mostrando, igualmente, as causas, com destaque para os jogos políticos, que estiveram na origem do seu encerramento.

Na categoria televisão o trabalho vencedor foi a reportagem “Depois da Dor”, da autoria da jornalista da RTC (TCV) Maria da Luz Neves.

O júri considera que o trabalho é uma reportagem “muito bem conseguida que nos leva a revisitar um tema já muito debatido, mas “de uma outra perspectiva, mais sensível e com pormenores interessantes”.

A jornalista Maria da Luz Neves, segundo o júri, entra no mundo da deficiência (Microcefalia, Síndrome de Down e Autismo) para revelar à sociedade que o que mais mal faz às famílias e crianças com problemas sérios de saúde, não é a doença em si ou os sintomas, mas o abandono, o desamparo, a ausência de políticas públicas que acabam por produzir um efeito contrário, i.e.; piorar a situação e fazer os pais sentir-se impotentes e compelidos a procurar a força interior para poder lidar com o inesperado ( a doença dos filhos).

O júri do Prémio Nacional de Jornalismo é constituído por Carlos Santos (presidente por inerência de funções na direcção da AJOC), Marilene Pereira, Silvino Évora, Nardi Sousa e João Almeida.

Não obstante o número de candidaturas ter diminuído ligeiramente face ao ano anterior (28 candidaturas em 2018 contra 22 em 2019), o júri reconheceu ter havido um “incremento da qualidade em termos estéticos e técnicos”, tendo igualmente enaltecido “a pertinência, a importância e o relevante interesse público dos conteúdos submetidos a concurso”.

O júri do PNJ, 2019, decidiu ainda atribuir menções honrosas aos seguintes trabalhos: Na imprensa – Reportagem: Os Dois Irmãos: A realidade que antecede a ficção – Luís Carvalho, INFORPRESS; reportagem – O Chão dos Esquecidos – Jorge Montezinho, Expresso das Ilhas; e na rádio, ao programa “Origens – Antoni Dente D’Oru e Visita da ONU ao PAIGC, da autoria da jornalista, Ariana (Nany) Vaz, da RCV. Na televisão, a reportagem “Misteriosos desaparecimentos na capital, da autoria da jornalista Keita Violante, da Record Cabo Verde, foi também distinguida.

O ano passado o PNJ 2018 foi entregue a Gisela Coelho do A NAÇÃO, Nuno Andrade Ferreira da Rádio Morabeza e Matilde Dias da TCV.

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