Um número significativo de rabidantes que trabalham no mercado da Sucupira e vendedeiras ambulantes estiveram, durante a manhã de hoje, concentradas ao lado do mercado da Sucupira, na Cidade da Praia, à espera de receber o subsídio anunciado pelo Governo, na sequência da declaração de emergência no país.
Apreensivas, estas dizem ter recebido informações de que deveriam se deslocar ao local a partir das 8h para receber o subsídio. Entretanto, até por volta das 10 da manhã ninguém lhes tinha dado uma explicação. Entretanto, outras dizem ter recebido indicações dos guardas do espaço, de que o subsídio só lhes chegaria aos mãos a partir do dia 17 de Abril, prazo que consideram bastante inadequado.
Estas trabalhadoras acusam não ter condições de ficar em casa sem trabalhar, já que contam com o rendimento diário para sustentar as famílias. Pedem uma solução o mais urgente possível.
“Eu tenho crianças em casa. Não posso abrir a minha barraca porque tenho a polícia atrás de mim para não vender”, diz uma rabidante, chefe de família e vendedeira no mercado da Sucupira.
Com uma receita nas mãos, a rabidante Domingas Gomes, de 51 anos, segundo diz, epilética, espera pelo apoio para repor os seus medicamentos.
Esta vendedeira assegura que, com a medicação e comida em casa, ela não vê problemas em cumprir com as directrizes do Governo, mas diz que a situação, como está, é insustentável.
Apesar da estarem conscientes da necessidade da medida, estas dizem que não poderão ficar e casa caso não tenham o seu rendimento disponibilizado desde já. A hora em que este jornal esteve no local, estavam, concentradas no local, cerca de 30 pessoas, com os ânimos exaltados e sem cumprir as medidas de proteção, como o distanciamento social.
O estado de emergência em Cabo Verde entrou em vigor as 00h00 do dia 29 de Março e vai até as 24h00 do dia 17 de Abril, podendo ser prolongado, renovado ou encurtado de acordo com a evolução da Pandemia no país.
NA
#juntosnaprevenção #ficaemcasa
