Santa Maria deverá ver, em breve, os graves problemas de saneamento básico resolvidos. Ontem foi lançada a primeira pedra das obras de operacionalização da ETAR – melhoria e expansão da rede de saneamento daquela cidade.
O projecto assume-se de extrema importância para a cidade, tendo em conta não só a questão de saúde pública e melhoria das condições de vida da população daquela cidade, mas também devido ao facto de se tratar de um destino turístico por excelência e Santa Maria receber diariamente uma grande franja dos turistas que aportam Cabo Verde.
Embora a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) já exista há alguns anos, na prática nunca funcionou e, em época das chuvas, e não só, é visível o cheiro nauseabundo na cidade. Daí a pertinência do projecto. A operacionalização da ETAR, melhoria e expansão da rede de saneamento de Santa Maria, está enquadrada na primeira tranche do Fundo de Água e Saneamento (FASA) no âmbito da reforma do sector de Água e Saneamento, apoiada pelo Projecto Água, Saneamento e Higiene – WASH parte integrante do segundo Compacto do Millennium Challenge Account (MCA).
Orçadas em quase 150 mil contos, as obras vão beneficiar 4.808 famílias, sendo 22% famílias pobres e 38% chefiadas por mulheres. “Estes avanços contribuirão, com certeza, para um melhor ambiente de negócios, mais oportunidades de investimentos e consequentemente para mais crescimento da nossa economia para além do impacto directo na melhoria da qualidade de vida das pessoas e seu bem estar”, disse o primeiro -ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, que procedeu ao lançamento do projecto em Santa Maria, perto do mercado municipal.
Nilton Duarte, director do FASA destacou que a ETAR terá a funcionar quatro estações de bombagem, para dar resposta “à estrutura da cidade” e onde existe “expansão da cidade para uma zona mais baixa será feita adução do esgoto”,. Ao todo serão 16 quilómetros de rede que irá cobrir também a parte de interligação com a rede da ETAR das Águas de Ponta Preta. Actualmente, a rede situa-se nos 10% e será alargada quase a 100%, permitindo não só dar cobertura à população como às estruturas turísticas de Santa Maria.
Presidente da Câmara Municipal do Sal, Jorge Figueiredo, não esconde o contentamento e espera que agora o MCA venha a analisar também com o pedido da autarquia salense em relação ao financiamento da ETAR de Palmeira, obras cruciais para “desenvolver e promover o crescimento turístico” da ilha e do país. GC
ETAR de Santa Maria deverá ser realidade em Outubro de 2016
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