Reinaldo Rodrigues defende que um helicóptero seria necessário para dar respostas atempadas a determinadas situações provocadas pelas fortes cheias.
O presidente do serviço nacional da proteção civil e bombeiros, Renaldo Rodrigues, garante que a cidade da Praia foi o ponto do país mais afectado pelas chuvas deste fim de semana no arquipélago.
Para Rodrigues, nesses momentos de aflição e de muita água, um helicóptero seria necessário para dar respostas atempadas a determinadas situações.
“Um helicóptero é um meio necessário. Desde as primeiras precipitações tivemos pessoas que ficaram praticamente circundados pelas cheias, na zona de Jamaica. Se as cheias chegassem com maior intensidade, dificilmente aquelas pessoas conseguiriam sair dali com vida. E nesses casos, os resgates só seriam possíveis através de helicóptero. Temos ilhas que não têm aeroporto e um helicóptero seria um meio de acesso rápido num país arquipelágico como nós”, defendeu o Rodrigues citado pela RCV.
Rodrigues fazia à rádio nacional o ponto da situação das consequências das chuvas durante este final de semana, e garantiu que as autoridades encontram-se nas localidades para tentar minimizar os estragos.
“A nível de incidentes, a mais atingida, até agora, foi a ilha de Santiago, mais concretamente
a cidade da Praia. Temos registos de algumas enxurradas na ilha da Brava, que danificaram algumas habitações. Nas três ilhas a norte, Santo Antão, São Vicente e São Nicolau, vamos apurar as informações nas próximas horas. Mas por relatos até ao momento, temos preocupações maiores aqui na Praia, cujos os estragos foram maiores.”, disse Renaldo Rodrigues.
O presidente do serviço nacional da proteção civil e bombeiros adiantou ainda que estão a receber imensas chamadas de pessoas com “casas alagadas, casas sem teto, as casas com poucas condições estão a sofrer muito com a queda das precipitações”.
Para finalizar, presidente do serviço nacional da proteção civil e bombeiros apelou à responsabilidade social da população cabo-verdiana, de forma a se protegerem dos “dois maiores problemas deste momento”, a Covid-19 e as chuvas.
“As pessoas devem evitar banhos de chuvas, em situações de aglomeração, para prevenção. Resguardar tanto pela Covid como por possibilidades das pessoas serem arrastadas pela correnteza”, conclui.
No terreno, a proteção civil conta com o apoio de uma equipa de intervenção formada pela Polícia nacional e pelas forças armadas, que têm estado no terreno “desde o primeiro momento”.
Suíla Rodrigues
Estagiária