Parte do dinheiro do Casa para Todos foi reafectado para o porto de Sal-Rei, na Boa Vista. Esta infra-estrutura, reclamada por uma ilha que vem despontando como importante centro turístico, estava em risco de conclusão por causa das sucessivas derrapagens financeiras provocadas por um certo “amadorismo” na elaboração do projecto.
Para resolver o problema, que constituía uma grande dor de cabeça para a ministra Sara Lopes, o Governo foi buscar 30 milhões de euros, dos 200 milhões disponibilizados numa linha de crédito da Caixa Geral de Depósitos, com o aval de Portugal, para viabilizar o porto em construção.
“Felizmente, esses 30 milhões de euros foram para o porto de Sal-Rei”, desabafou o nosso interlocutor que considera que, assim, o credor tem maiores possibilidades de reaver o dinheiro, ao contrário do Casa para Todos, que, como tudo aponta, “será um fracasso em termos financeiros”.
O certo e seguro é que as obras de modernização do porto de Sal-Rei, que estiveram quase um ano paradas, foram retomadas com a mobilização dos 30 milhões de eu- ros, ainda que à custa do Casa para Todos. Orçado inicialmente em 36 milhões de euros, o porto de Sal-Rei vai custar quase o dobro, cumprindo-se, mais uma vez, a sina de nenhuma obra pública em Cabo Verde custar o seu preço inicial.
Porto de Sal-Rei leva 30 milhões de euros do Casa para Todos
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