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Desporto

Achada Grande: Jovens utilizam o desporto para incentivar o aproveitamento escolar de crianças e adolescentes

A Escola de Futebol de Achada Grande (EFAD) tem apostado na prática do desporto para ajudar a comunidade e tem sido um incentivo ao aproveitamento escolar para jovens e crianças.

A iniciativa é de um grupo de jovens qualificados nas áreas de desporto e multimédia, que encontram nos seus conhecimentos uma forma de ajudar a comunidade, incentivar crianças e apontar caminhos alternativos à juventude de Achada Grande.

Segundo o presidente da Associação Escola de Futebol de Achada Grande, Emerson Paiva, a mesma, de cunho desportivo, mas também social e cultural, foi criada há mais de um ano e, desde então, tem procurado parceiros capazes de ajudar a desenvolver projetos sociais em prol da comunidade.

Por enquanto, a aposta tem sido maioritariamente no desporto, com equipas de futebol masculino e feminino. Não obstante, já se está a preparar outras modalidades como o Vôlei, Andebol, Basquetebol e Teqball, este último em parceria com a Associação de Teqball de Santiago Sul.

A escola trabalha com crianças a partir dos cinco anos e com jovens até os 19 anos. Neste momento acolhe cerca de 150 atletas, entre crianças, adolescentes e jovens.

“A prática do Desporto nessa idade é mais de que simples a prática em si. Nós aproveitamos esse amor que as crianças têm pelo desporto e o transformamos em um meio de moldar seres humanos e, futuramente, homens e mulheres para a comunidade e para o país”, explica Emerson Paiva ao A NAÇÃO.

 Este jovem, formado em Educação Física, garante que já se observam resultados positivos e benéficos para os seus inquilinos, nomeadamente no que diz respeito ao uso abusivo do álcool.

 “Hoje todos estudam para ter boas notas e sabem que, em contrário, haverão consequências dentro da associação. No seio familiar, por exemplo, estão mais obedientes, sob pena de ficarem de fora das competições e apenas participarem dos treinos”, elucida.

O comportamento destas crianças e jovens na escola ou em casa, garante, tem um peso ainda maior na comunidade, ao se tornarem, mais tarde, jovens maduros, com valores, com objetivos e ambições.

Apoio social

 As principais exigências para fazer parte da escola são, segundo conta Emerson Paiva, o respeito e o empenho nos estudos.

 Para jovens e crianças carenciadas existe um plano de apoio, através de kits escolares e aulas de explicação. No entanto, a falta de parcerias ainda compromete o sucesso desta vertente social da agremiação.

“O objetivo passa também por criar um espaço onde possam ter acesso à internet gratuita, que ainda é uma grande barreira para muitos, fazer trabalhos escolares, entre outras utilidades”, afirma.

Dependendo ainda dos parceiros envolvidos e para evitar o abandono escolar, a associação almeja também apoiar jovens com o pagamento de propinas e na atribuição de cestas básicas alimentares, roupas e calçados.

Para adolescentes com um nível escolar muito baixo, a ideia é ajudar com formações profissionais básicos, segundo diz Emerson, para que não vejam no crime a única forma de conseguir dinheiro.

NA

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