O festival internacional de cinema “Kugoma” vai contar este ano com, pelo menos, três filmes cabo-verdianos.
“O Amigo da Tartaruga” de Abel Monteiro, “Djassi” de Chissana Magalhães e “Na Rota do Cinema Africano” de Mário Almeida foram os escolhidos para competir na 11ª edição do festival mais antigo de Moçambique, marcado para entre 24 a 30 de Agosto em Maputo.
Os filmes de Abel Monteiro e Mário Almeida irão competir na categoria African Short Documentary enquanto que “Djassi” de Chissana Magalhães, concorre ao PALOP-TL Upcoming Filmmaker Award, uma categoria introduzida este ano.
O maior e mais antigo festival de cinema do Moçambique contará este ano com exibição online e divulgação na Televisão de Moçambique. O que para a organização significa adaptar-se às circunstâncias nos dias da pandemia.
“Esperamos sinceramente que até Agosto a situação causada pela pandemia esteja controlada e seja possível realizar a nossa 11.ª edição no modelo habitual mas, até lá, estamos a desenhar a estratégia e as parcerias para que aconteça, mesmo que em regime diferente, nas plataformas online e com os nossos parceiros de televisão”, diz a página oficial do festival, edição 2020.
O Kugoma integra exibição de filmes, oficinas, masterclasses e exibições em escolas e ajuda a promover novos realizadores de Moçambique e de África. Este ano o Kugoma introduziu o PALOP-TLU pcoming Filmmaker Award em parceria com a Rede Cinema PALOP – TL.
Sobre os filmes…
“O Amigo da Tartaruga” de Abel Monteiro foi seleccionado para o festival “CineEco Seia” em Portugal e para o catálogo da plataforma de “streaming Tellas”. O filme segue Didi, um jovem que finta o desemprego tornando-se mergulhador-guia turístico, acabando por criar um laço afetivo com as tartarugas.
“Djassi” de Chissana Magalhães foi o segundo galardoado no prémio 100 Anos Amílcar Cabral e estreou em Março na CENA – Mostra de Filmes Realizados por Mulheres. É o primeiro filme da jornalista e escritora Chissana Magalhães, que iniciou carreira a escrever uma coluna sobre cinema e recentemente colaborou na pré-produção do documentário internacional “Woman”.
“Na Rota do Cinema Africano” surge na sequência da selecção do realizador Mário Almeida e produtor Yuri Ceunink à 1.ª edição do Ouaga Film Lab promovido pelo Instituto Imagine em Ouagadougou. O documentário parte da afirmação de Gaston Kaboré (cineasta burkinabé) de que África não pode estar ausente da sua própria imagem para abordar a opinião de alguns cineastas sobre o Cinema Africano.
RM