Jorge Maurício, que falava no programa Discurso direto da RCV, diz que a imprevisibilidade do atual contexto que se vive faz com que seja necessária uma reforma da concertação social e económica.
“A imprevisibilidade que nós temos torna tudo mais difícil, então temos que ter essa disponibilidade para evitarmos receitas fixas e duradouras. Nós não podemos pensar em ter soluções durante seis meses iguais, portanto, o que nós tínhamos no mês de março, o ambiente económico e social e também sanitário não é igual a hoje e também não sabemos como é que vai ser em dezembro e eventualmente no próximo ano”, esclarece o presidente.
Para Maurício essa nova ordem económica e social implicará reformas a nível do conselho de concertação social.
“Nós defendemos uma reforma porque o modelo que nós temos no momento já é antiquado. É preciso introduzir novos elementos, novos parceiros, novos modelos a nível da legislação. Temos de ter em conta quantas vezes fazemos a concertação social por ano. Será que é necessário mais nos tempos em que nós vivemos? O tempo é igual ao tempo anterior? Então é preciso repensar isto numa forma global, fazer um brainstorming com todos, vermos se o que nós temos neste momento adapta-se às necessidades.”
Jorge Maurício foi eleito presidente da CCB na passada sexta-feira (4) ao disputar o cargo com Rafael Vasconcelos. A candidatura de Vasconcelos foi rejeitada pela mesa da assembleia geral por alegadas irregularidades, no momento a lista aguarda a publicação da ata da reunião para avançar com impugnação.
Criselene Brito
Estagiária