PUB

Convidados

Ser Democrata, VS, “ser poder” ou “ser oposição” em democracia (Parte II /III)

Por: Péricles Africano Lima Barros*

Aos meus amigos Jorge e Simão, pelas as nossas gostosas

Tertúlias, onde arejamos as asas, sempre com muita vontade de

decolar…e talvez voar…. . com os pés no chão …  

 

…Fomos muitos que deram palmas aquando de algumas  mudanças  do timo da governação do país no pós independência;  para começar,  diria que os foguetes e fogos de artificio não dão direito a ninguém, de governar o meu pais,  com arrogância, desbaratando o que custou a construir, só pelo facto de se lhe ter dado por empréstimo a chave da governação por um período  de  4 anos ;  o que verificamos é que muito boa gente , vai fazendo política cuspindo de forma despudorada  para  o pára-brisas dos outros, quer na  situação quer na oposição .

O problema é que populaça gosta disto; divertido ver os outros a baterem em cão ferido, ou ver o Leão, o dono pedaço, a ser vilipendiado, dilacerado em plena praça pública; um metaforismo que retrata bem, uma questão tão delicada, quanto corrosiva e perniciosa.

O ódio entre as feras da esfera do poder é indiscritível; Assassinatos do carácter, é pão nosso de cada dia, e estou convencido que,  em muito casos,  é muito pior que própria eliminação física, pelas mazelas que deixa na estrada .

Esta é uma pratica normal, e que já não choca a ninguém,  sendo  crime punido por lei  no seio dos cidadãos comuns, e no reino dos eleitos,  uma peça de artilharia política de eleição.   Estamos a falar da democracia no arco do poder. Em Cabo Verde se os interesses se justificarem, políticos proeminentes podem perfeitamente, desfazerem –se em beijos e abraços,  para logo a seguir dizerem cobras e lagartos uns dos outros da forma mais visceral; O cidadão democrata genuíno,  por regra , não se presta   a esta  vileza.

Aparentemente,  fazer política com elevação, competência e decoro ,  não dá votos suficientes para  ganhar as eleições ; então,   talvez mudar de  povo é a  alternativa ;  Estamos a coabitar num sistema defeituoso que mexe profundamente  com a vida do cabo-verdiano.

Este  cidadão do mundo , civilizado, à partida , cordato e respeitador da autoridade,   igual a todos os outros deste planeta,  nos deveres, direitos,  obrigações e também nas legítimas aspirações; é este crioulo cidadão que não nasceu para ser escravo, nem mesmo das suas próprias leis; em nome democracia,  parece valer tudo; quem governa tem a legitimidade democrática para decidir  e decidir bem  e corrigir os erros da senhora que antecedeu;  porém,  a tendência , é  de não  perseguir  e  nem punir  os seus pares, prevaricadores; entretanto fala-se em separação dos poderes,  estado de direito democrático  etc etc ;  na verdade , vem grassando por aí  uma grande dose de “malpractice” (leia-se,  crimes públicos , procedimentos incorretos dolosos, ilegais, quiçá passíveis de ação  judicial de urgência;  mas Cadê?  Na verdade, o nosso sistema por permitir a incúria e a impunidade na gestão da coisa publica, impõe que continuemos a nos nivelarmos sempre por baixo! 

Pode?  Por outro lado, muita acusação infundada, e corrosiva que passa despercebida e impune. Estas práticas recorrentes existem um pouco em todas sociedades, porém,   consabido é , que são raras nos países com os mais elevados índices de  desenvolvimento  humano, social  e económico. Dá para seguir bons exemplos,   ou a cabulice atrapalha nos  a jornada  ?

 

A continuar ..

*(Cidadão )

Praia 4 de Setembro de  2020

PUB

PUB

PUB

To Top