O Presidente da Câmara dos Mosteiros defende que o modelo de isolamento adoptado pelas autoridades sanitárias não satisfaz o plano de combate à pandemia na ilha do Fogo, Carlos Fernandinho Teixeira afirma não estar de acordo confinamento domiciliar.
Segundo avançou o edil dos Mosteiros à RCV, o isolamento das pessoas em suas casas não está a trazer benefícios para a saúde pública, ainda refere que o confinamento domiciliar é uma das causas para alastramento da doença no Município .
“Aqui está uma indisciplina permanente, não há controlo, pessoas deambulam de um lado para o outro”, realça.
O modelo de isolamento implementado nos Mosteiros pelas autoridades sanitárias é o mesmo a nível nacional.
O modelo de isolamento domiciliar são para as pessoas assintomáticas que se encontram isoladas nas suas próprias casas, porém, segundo a mesma fonte, há uma indisciplina, não há fiscalização por parte das autoridades e as pessoas deambulam pelas comunidades e pelo município fazendo circular o vírus, no entanto, as pessoas com sintomas estão em isolamento institucional.
Para solucionar o problema o Presidente da Câmara acredita que deve-se fazer um esforço para adicionar termos financeiros para concentrar essas pessoas e ter maior controlo possível.
Estando o epicentro da doença nos Mosteiros, Fernandinho Teixeira diz que faz mais sentido que o Laboratório de Virologia na ilha do Fogo ser instalado nos Mosteiros do que em São Filipe.
“No meu ponto de vista o laboratório de virologia devia estar nos Mosteiro, assim atacar onde tem problema e não concentrar-se em São Felipe. Centralizar nos Mosteiro o serviço
laboratorial para ter maior despiste e maior controlo possível”, explica.
De acordo com à RCV, Fernandinho Teixeira considera que não basta declarar a situação de calamidade para conter a propagação da doença, entretanto, defende o reforço da fiscalização cerrada sobretudo na zona sul dos Mosteiros para evitar o alastramento do vírus.
“As medidas tomadas pelo Governo são medidas que sempre desejei que fossem tomadas antes da covid-19 começar a alastrar. E agora temos muitos mais casos, neste momento estamos em todas as localidades a fazer despistes e atualmente falta-nos medidas corretivas, portanto decretar estado de calamidade para uma ilha devia ser acompanhada de fiscalização cerrada para evitar situação de alastramento”, argumenta.
O Presidente da Câmara Municipal apela ainda a uma maior responsabilidade por parte da juventude que como diz tem tido alguns comportamentos irresponsáveis.
Miriam Pires
Estagiária
C/RCV