O hospital regional São Francisco de Assis confirmou hoje mais 11 casos positivos da covid-19, elevando para 22 o número de infectados na ilha do Fogo.
A informação foi avançada esta manhã, em conferência de imprensa, pelo director do hospital, Evandro Monteiro, que confirmou a notificação de mais 11 novos casos positivos, todos localizados na região sul do município.
Dos 22 casos confirmados, pelo menos nove são de pessoas abaixo dos 18 anos e, destes, um percentual significativo são crianças entre os quatro e 12 anos, facto que chamou a atenção das autoridades sanitárias.
Dos restantes casos, quatro são de pessoas com idades compreendidas entre os 20 e 60 anos, e dois casos de pessoas com mais de 90 anos.
De acordo com Evandro Monteiro, o número significativo de crianças leva as autoridades sanitárias a fazerem uma reflexão sobre muitos aspectos, uma vez que, no seu entender, isto demonstra que as medidas de proteção não estão a ser cumpridas adequadamente.
Até agora já foram analisadas cerca de 200 amostras. O responsável salienta que, pelo dados recolhidos, o vírus já estava a circular há algumas semanas, ou mesmo meses, na ilha do Fogo.
Os casos mais graves estão hospitalizados no espaço de isolamento para a covid-19 do hospital São Francisco. Neste momento, salienta a mesma fonte, estão internados quatro pacientes, sendo que os dois primeiros casos já apresentam critérios de alta. Está agora a ser “estudado” a possibilidade de transferência para as suas comunidades, onde passarão por mais uma semanas de “acompanhamento apertado”.
“Dos casos hospitalizados temos um paciente com alguma gravidade e que requer cuidados especiais. É um homem de 67 anos, hipertenso, diabético, com híper-colesteronomia e com morbidades importantes”, disse o director do hospital, indicando entretanto, que o mesmo está estável, do ponto de vista clínico.
As autoridades vão agora prosseguir com a investigação epidemiológica, a fim de identificar mais contactos e proceder ao isolamento, quer institucional como domiciliar, conforme o caso.
Apesar de não haver, até agora, casos identificados nos municípios de São Filipe e de Santa Catarina, já está a decorrer um trabalho investigativo no terreno.
