O Presidente da Bielorrússia, Alexandr Lukashenko, ordenou, quarta-feira, 19, ao ministro do Interior, que impeça protestos e reforce as fronteiras, depois de semana e meia de contestação nas ruas, depois da sua reeleição nas Presidenciais de 9 de Agosto.
“Não deve haver mais nenhum distúrbio em Minsk. As pessoas estão cansadas e pedem paz e tranquilidade”, disse Lukashenko após uma reunião do Conselho de Segurança do seu Governo, segundo declarações divulgadas pela Agência estatal Belta e a que o jn.pt teve acesso.
Lukashenko ordenou o reforço do controlo nas fronteiras, para impedir a entrada de “combatentes e armas” e disse que os trabalhadores dos “media” estatais que se demitiram em protesto contra o Governo não vão ser readmitidos.
Lukashenko deu, também, instruções, para que os Serviços Secretos acentuem os esforços para encontrar os organizadores dos protestos e identificar fontes de financiamento.
A crise na Bielorrússia foi desencadeada após as Eleições de 9 de Agosto, que segundo os resultados oficiais reconduziram Alexandr Lukashenko, no Poder há 26 anos, para um sexto mandato, com 80 por cento dos votos.
A Oposição denuncia a Eleição como fraudulenta e milhares de bielorrussos saíram às ruas, por todo o País, para exigir o afastamento de Lukashenko.
Os protestos têm sido duramente reprimidos pelas Forças de Segurança, com quase sete mil pessoas detidas, dezenas de feridos e, pelo menos, três mortos.