O Campus do Mar terá sede em São Vicente, mas levará formação a todas as ilhas do país, em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional e privados.
O modelo de formação do Campus do Mar, composto pela Universidade Técnica do Atlântico (UTA), a Escola do Mar e o Instituto do Mar, será diferente dos moldes ex-FECM. A estrutura será criada para dar respostas à necessidade de formação profissional e de investigação na Zona Económica Especial Marítima (ZEEM), mas não será limitada a São Vicente.
Desse modo, espera-se alargar as formações profissionais ligadas às áreas marítimas, garantiu o ministro Paulo Veiga, esta manhã, em entrevista à RCV.
Entretanto, o começo do ano lectivo 2020/21 está previsto para outubro próximo, mas, por enquanto, explicou Veiga, ainda será com as estruturas já existentes. Como o caso do Isecmar, agora inserido na UTA, que tem algumas formações na área marítima. Depois serão introduzidas alterações.
Como explicou o ministro, “a formação de motoristas e mestres de pesca na ilha Brava ou formações em primeiros socorros são possíveis de se fazer imediatamente”. Para isso serão feitas parcerias e a certificação dos formadores nas diferentes ilhas.
Para o próximo ano lectivo, 2021/22, serão alargadas as formações, mas até lá, conforme Paulo Veiga, será preciso “formar os formadores”. Por isso este ano será a fase de transição.
O Conselho de Administração da Escola do Mar, que é parte integrante dos Campos do Mar, terá que desenhar um leque de novas ofertas formativas. No auxílio a este processo, terá o apoio do governo holandês que tem uma “vasta experiência” no sector marítimo, seja nos transportes seja na investigação.
Os membros do corpo directivo do Campus do Mar serão empossados esta quinta-feira, 20, no Mindelo. Para presidente do Conselho de Administração da Escola do Mar designou-se António Fernandes. Raffaela Gozzelino assume a Reitoria da da UTA e para o Instituto do Mar vai Malik Lopes.
Carlos Alves
Estagiário