De mochila às costas, no primeiro dia das suas férias no Algarve – no Sul de Portugal -, máscara no rosto, Marcelo Rebelo de Sousa salienta que a Pandemia de COVID-19 “está para durar e matar”, pelo que os cuidados continuam a ser um imperativo, não se opondo, enquanto o Mais Alto Magistrado da Nação, ao uso de máscaras faciais na via pública.
“Essa é uma decisão que as autoridades sanitárias terão de tomar, mas vejo que algumas nações na Europa estão a caminhar para isso progressivamente”, observou o PR – citado pelo jn.pt -, remarcando que, pessoalmente, “tento, sempre que é possível, no exterior, usar máscara”.
Convidado pelos jornalistas a comentar a “Festa do Avante” – do Partido Comunista Português, PCP -, que vai em frente, com um terço da lotação e regras específicas, o PR disse que “há de haver um momento em que haverá uma explicação global” .
Segundo Marcelo, “vão ser conhecidos, aos poucos, os ajustamentos” à “Festa do Avante”, organizada pelo PCP.
“Uma realidade daquela natureza é muito complexa”, disse De Sousa, sublinhando que, tal como disse a ministra da Saúde, na sexta-feira, 7, terão de ser cumpridas as regras estabelecidas para transportes de autocarro, para os concertos, para a restauração, e a lotação do espaço, que o Partido encolheu para um terço.
“Não é uma regra, são muitas, é um conjunto de regras”, que devem ser aplicadas à “Festa do Avante”, sublinhou Marcelo. “A Direcção-Geral da Saúde – DGS – tem de explicar essas regras, para fiar claro”, acrescentou o presidente da República.
“É importante que as pessoas vejam em todas as informações da DGS um exemplo do que fazer”, disse Marcelo. No geral, continua-se a acreditar nas autoridades sanitárias. E isso é um ponto fundamental, porque isto não está para acabar amanhã, está para durar meses”, sublinhou Marcelo.
Questionado sobre o Racismo, que emergiu à superfície da sociedade portuguesa, em força, nos últimos tempos, com manifestações de extrema-direita e ameaças a dirigentes políticos e associativos, Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que não tivesse influência na vida política e da sociedade portuguesa.
“Nem percebo que seja um tema que merece discussão, na sociedade portuguesa ou no Mundo. É tão óbvio que é contra o respeito da pessoa humana, tão óbvio, tão óbvio, tão óbvio, que me parece primitivo que haja quem faça do Racismo uma forma de afirmação social”, disse o PR.
“Como é que as pessoas se querem dar ao respeito se não respeitam os outros”, questionou De Sousa, aconselhando “tolerância zero para actos de Racismo” e deixando um conselho: “Isto só se vence com cabeça fria, com razão”, conclui De Sousa.