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Covid-19

Direção clínica do HAN garante que qualidade dos serviços não está ameaçada com casos internos da covid-19

O director clínico do Hospital Agostinho Neto garantiu ontem que a qualidade da prestação dos seus serviços e cuidados não está posta em causa, na sequência dos casos de infeção pela covid-19, registados entre utentes e profissionais.

Segundo avançou Victor Costa, à Rádio de Cabo Verde, não obstante se ter registado casos em praticamente todos os sectores de serviços, o hospital tem conseguido reorganizar os seus serviços, num contexto que já era de se esperar.

Entre os mais afectados está o sector da cirurgia onde, segundo o director clínico, houve 14 infectados, muitos dos quais já recuperados.

“Durante toda esta fase já tivemos infeções dos colaboradores e dos utentes, em praticamente todos os sectores do HAN, começando pela psiquiatria, que na altura também teve um boom, passando pela maternidades, laboratório, ortopedia e cirurgia, mas nós continuamos a organizar internamente para poder dar resposta a estas dificuldades e, ao mesmo tempo, tentar solucionar o déficit de profissionais em cada um dos sectores”, explicou o médico.

Algo de se esperar, segundo diz, pois é impossível reduzir o risco a zero, já que os profissionais têm as suas vidas próprias. “Apesar da dificuldade, continuamos a funcionar normalmente para garantir as condições tanto de segurança como da qualidade dos serviços”, assegura.

Victor Costa admite que os profissionais já estejam cansados, principalmente porque “o hospital sempre laborou com déficit de profissionais de saúde”.

“Primeiro é a própria pressão psicológica e segundo a pressão de conviver com a situação nova, que acarreta os seus custos e tempo, o que pode provocar uma certa ansiedade e alterar toda a forma de procedimento e de atendimento”, observa, sublinhando, entretanto, que não é o caso de entrar em pânico ou de fazer declarações precipitadas de que a qualidade dos serviços estejam postas em causa.

Recorde-se que há poucos dias, Ofélia Monteiro, médica pneumologista do HAN, em entrevista à Rádio de Cabo Verde disse que devido à demanda de internamentos da covid-19 o HAN está a funcionar no limite e que isso tem-se reflectido na diminuição de qualidade no atendimento a outras patologias, chamando atenção que pode mesmo levar a óbitos.

Na altura o ministro da saúde, Arlindo do Rosário disse que o HAN tem a capacidade de resposta “necessária e suficiente”.

NA

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