Um parente de um dos reclusos diagnosticados com a covid-19, na Cadeia Central da Praia, está a responsabilizar esse estabelecimento prisional por seu familiar ter contraído o vírus.
À Rádio de Cabo Verde, a fonte que não quis se identificar, avançou que o seu familiar esteve na mesma cela que um outro preso que teria estado internado no Hospital Agostinho Neto, na Praia, e que foi enviado de volta para a cadeia sem antes ser testado.
Este mostra-se indignado e diz que era responsabilidade da cadeia isolar o recluso e evitar o alastramento do vírus.
O contato teria sido um outro preso que esteve internado no HAN e que, apesar de comunicar os seus sintomas, não terá sido isolado, segundo o entrevistado da RCV.
Entretanto, versão diferente dos factos foi avançado ontem, pelo Director Nacional da Saúde, que confirmava nove casos naquele estabelecimento prisional.
Segundo Artur Correia, quatro das infecções se deram a nível hospitalar. Na sequência, dois dos reclusos ficaram internados e outros dois foram transferidos para a Cadeia de São Martinho, onde teriam sido isolados.
Entretanto, avançou, através destes, quatro funcionários contraíram a infecção e, mais tarde, foi diagnosticado mais um recluso com covid-19, perfazendo um total de nove casos na cadeia central.
Contactado, o Director da Cadeia Central da Praia não quis se manifestar sobre estes casos, alegando que apenas pode fazê-lo a Direcção Nacional da Saúde.
Com a actualização destes dados, o país passa a contabilizar um acúmulo de 2892 casos, dos quais 730 estão activos e 32 foram a óbito.