A explosão no Porto de Beirute criou uma cratera com 43 metros de profundidade, revelou, este domingo, 9, fonte da segurança libanesa, citando avaliações feitas por especialistas franceses em pirotecnia, enviados para o local.
A explosão “causou uma cratera de 43 metros de profundidade”, revelou a fonte, citada pela AFP.
A explosão de terça-feira, que provocou mais de 150 mortos, seis mil feridos e dezenas de desaparecidos, aconteceu num armazém onde, segundo o Primeiro-Ministro – PM – libanês, Hassan Diab, estavam duas mil 750 toneladas de nitrato de amónio, armazenadas durante seis anos “sem medidas cautelares”.
França ofereceu apoio logístico ao Líbano, incluindo para a investigação à explosão, e enviou Forças de Segurança, equipas de busca e ajuda médica.
O “American Institute of Geophysics” (USGS), com sede na Virgínia, revelou ter registado a explosão como um terramoto de 3,3 na escala de Richter.
No sábado, milhares de manifestantes libaneses revolt
Guilhotinas em madeira foram instaladas na Praça dos Mártires – em Beirute -, epicentro da contestação iniciada em Outubro de 2019, e muitos manifestantes gritaram “vingança, vingança, até à queda do Regime”.
Segundo a Cruz Vermelha libanesa, 130 pessoas ficaram feridas nos confrontos entre a Polícia e os manifestantes, 28 das quais tiveram de ser transportadas para o Hospital.
Este domingo, realiza-se uma vide-oconferência de doadores para o Líbano, co-organizada pelas Nações Unidas e pela França.
Ainda no final da tarde de sábado, num discurso difundido pela televisão, o PM libanês, Hassan Diab, afirmou que “apenas eleições antecipadas podem permitir uma saída da crise estrutural” e apelou “a todas as partes políticas que se entendam sobre a próxima etapa”, afirmando estar “disposto a continuar a assumir (…) responsabilidades durante dois meses, até que cheguem a acordo”.
O Chefe do Governo acrescentou que vai submeter, nesta segunda-feira, 10, a sua proposta ao Conselho de Ministros.