O trabalho traz 16 faixas inéditas, que contam com participação de vários artistas cabo-verdianos como, Batchart, Djox, Kumba, Tochi, Mark Delman, Manolo, Nana, Dzenh e Rahiz.
Depois dos singles “KONTRIBUTO” e NHA ANJO” lançados recentemente, as 16 faixas que compõe o álbum já se encontram disponíveis nas plataformas digitais (YouTube, Spotify, Soundcloud, Deezer, Apple Music etc).
“Faço Rap por amor, as minhas dores e as minhas alegrias estão refletidas neste álbum feito com muito amor e dedicação”, diz Nubru.
O disco é novo, mas o sonho é antigo, segundo faz saber. “Kaminhada” reflecte um percurso de muitos anos. Músico e poeta, Nubru descobriu primeiro as palavras e adotou depois o Rap para dar melodia às suas revindicações em forma de rimas.
O polivalente da cidade de Várzea de Igreja – São Domingos – foi palco das suas primeiras batalhas de rap, entre os jogos de basquete e o convívio dos amigos. Tinha 16 anos quando criou, com mais três amigos, o primeiro grupo de rap e desde então, foi trilhando um caminho marcado pelo Rap lusófono, cabo verdiano e americano.
Hoje é licenciado em Psicologia, mas nunca parou de escrever. No percurso universitário adquiriu várias ferramentas que hoje utiliza na produção da sua arte.
“Os Rapaz 100 Juiz foram um grande ponto de referência no início do meu percurso. Mais tarde conheci Batchart, um grande amigo, com quem ganhei novas influências e adquiri novos conhecimentos, principalmente na clarificação dos aspetos técnicos da música e do Rap”, explica.
O disco chega depois de um longo período de maturação pessoal e musical e Nubru considera que, apesar da conjuntura, o momento não podia ser melhor.
“Talvez não seja o timing certo para o mundo, mas é o meu momento. Quero que quando as pessoas oiçam a minha música sintam conforto e felicidade e saibam que mesmo nos momentos difíceis há sempre uma luz no fundo do túnel. Este é também momento de passar as mensagens que realmente interessam” reitera.
Mensagens de encorajamento aos jovens, mas também chamadas de atenção sobre o que vai mal na sociedade, a degradação das relações humanas e as preocupações de um jovem que quer ver mudanças no nosso país, mas, acima de tudo, contribuir para essas mudanças.
“Kaminhada” é fruto de um investimento pessoal. Porque os sonhos não têm preço e o Rap é acima de tudo empreendedorismo.
“Nós rappers somos os verdadeiros empreendedores. Mostramos que podemos sair do quintal da nossa casa para os grandes palcos de Cabo Verde e do mundo. Nos nossos home stúdios nós fazemos tudo, com o nosso trabalho e o nosso talento”, finaliza.