Habitantes de Gran Canária acusam a Autarquia de gerir mal a chegada de um grupo de migrantes a esta Ilha das Canárias.
A confusão instalou-se quando surgiu o rumor de que algumas delas teriam contraído a COVID-19, informação desmentida, num segundo tempo, pelo Governo Regional que garantiu que todas foram testadas e que o resultado foi negativo.
Já organizações não-governamentais, que trabalham no resgate de migrantes, queixam-se de que as autoridades europeias estão a usar o novo Coronavírus como desculpa para restringir os salvamentos no mar.
O porta-voz da “Sea Watch”, Chris Grodotzk, afirma que há uma tentativa de “bloquear ou impedir os resgates”, mas garante que continuarão a fazer o seu melhor para salvar o “maior número de vidas possível, de forma segura“, para a sua tripulação mas, principalmente, para “as pessoas que tentam ajudar”.
Em Ventimiglia, na fronteira entre Itália e França, a Cruz Vermelha italiana prepara-se para desmantelar um campo de refugiados, que geriu durante quatro anos. Uma situação que levanta problemas às pessoas que ali ainda vivem, quando continuam a chegar outras que já não têm direito a permanecer ali.
O ministro dos Negócios Estrangeiros italiano esclarecia que os cidadãos tunisinos que cheguem a Itália serão deportados porque o País considera a Tunísia um Estado seguro.
“Não é um País em guerra ou onde há perseguição e, portanto, o processo de deportação começará a 10 de Agosto, com 80 repatriações por semana”, afirmou Luigi Di Maio.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, entre Janeiro e o final de Julho aumentaram 91 por cento, quando comparado com igual período do ano passado, as tentativas de travessia da Líbia para a Itália.