PUB

Ambiente

Proposta de criação de sítio de interesse científico na Enseada de Corais da Lajinha entregue esta sexta-feira

O movimento em prol da Enseada de Corais da Lajinha, em São Vicente, vai entregar amanhã, sexta-feira, 31, ao Ministério da Economia Marítima, a proposta de criação de um sítio de interesse científico no local.

Junto, o MEM vai receber o resultado da petição pública para impedir que comunidade coralina, com uma representatividade considerável da biodiversidade marinha cabo-verdiana, seja destruída.

O grupo, encabeçado pelo engenheiro Guilherme Mascarenhas e composto por biólogos da Universidade de Cabo Verde pede, portanto, a remoção imediata  das condutas das águas pluviais que desembocam na enseada e a sua declaração como sítio de interesse científico.

Este feito, defende, é para o Estado de Cabo Verde a reparação mínima às várias pressões ambientais permitidas e fomentadas na Baía do Porto Grande, e um sinal às autoridades e à autarquia local da necessidade de incorporar a ética ambiental nas suas atuações.

A proximidade e a facilidade de acesso, explica, associadas à proteção legal e efetiva da Enseada de Corais propiciarão um laboratório natural de investigação científica nas áreas de ecologia experimental e observacional, mudanças climáticas e biodiversidade.

“Somando à atividade científica, a Enseada de Corais da Lajinha é, e deverá continuar a ser, um local de lazer, de educação ambiental e de interesse turístico, tanto através de mergulho recreativo em apneia bem como pelo mergulho autónomo”, defende.

Quanto à petição “Salvemos a enseada de corais da lajinha”, esta conseguiu recolher cerca de 7500 assinaturas, somente em São Vicente.

A acompanhar estas duas iniciativas, será também entregue um projecto de uma trilha subaquática, desenvolvido pelo grupo e cujo financiamento já está garantido, segundo informa Guilherme Mascarenhas.

As comunidades coralinas constituem um dos ecossistemas chaves ao longo da zona costeira do arquipélago de Cabo Verde, por abrigarem uma grande diversidade de organismos, inclusive vários endemismos.

A existência de comunidades coralinas em Cabo Verde determinou que o país fosse considerado um dos dez hotspots (pontos quentes) da biodiversidade marinha e centros prioritários para ações de conservação dos recifes tropicais, estando em segundo lugar, na região oriental do Atlântico, segundo o Plano Nacional de Gestão e Conservação de Corais, de 2015.

NA

PUB

PUB

PUB

To Top