Guilherme Canever é um escritor e viajante brasileiro que deixou de lado o turismo tradicional para descobrir as particularidades de países “inexistentes”, que não fazem parte dos 193 estados membros na ONU, alguns deles no continente africano.
São 16 países não reconhecidos, com governos, fronteiras, moedas próprias e bandeira, mas praticamente desconhecidos pela população mundial.
No seu livro “Uma viagem pelos países que não existem”, Guilherme traz relatos, histórias e questionamentos sobre cada um desses lugares espalhados pelo mapa mundi.
Conheceu pessoas, hospedou-se nas casas dos locais, experimentou as comidas típicas, viajou de boleia, visitou pontos turísticos. Viveu um pouco da cultura, observou os hábitos desses “não-cidadãos de países não-existentes”, segundo ilustra o prefácio da obra.
O livro começa com a explicação do que faz de um território ser “um país” e como surgem novos países, para depois apresentar cada um desses “não-países” e suas particularidades.
Em “Uma viagem pelos países que não existem”, o escritor apresenta nomes como Ossétia do Sul, Transnístria, Somalilândia, Abecásia ou de Nagorno-Karabakh, praticamente desconhecidos, mas também traz nomes mais familiares, como a Palestina, o Kosovo, Caxemira, Tibete e Taiwan.
O livro, recentemente publicado em inglês, resultou de uma viagem entre 2009 e 2014, começando por Somalilândia, um território localizado no chifre da África, cuja independência da Somália foi declarada em 1991.
“Eu estava viajando pela África, por terra, em 2009 e acabei indo para a Somalilândia. Fiquei chocado quando percebi que não podia usar dinheiro somaliano lá. Então comecei a entender que era uma nação com suas próprias instituições, leis e moeda (…), mas ninguém o reconheceu. Era como viver em um universo paralelo”, recorda.
Guilherme Canever é também autor do livro “Destino Invisíveis”, apresentado em Dezembro de 2019, na cidade do Mindelo, São Vicente.
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