O presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF), Mário Semedo, reuniu-se, na quarta-feira (29), com o presidente da FIFA, Gianni Infantino, através de uma videoconferência. Neste encontro virtual, Mário Semedo pôs em cima da mesa a questão de representação dos jogadores pelas Selecções Nacionais, defendendo uma maior flexibilização dos Regulamentos da FIFA,
“Há casos de jogadores que só pelo facto de jogarem uns minutos ou um jogo ficam definitivamente vinculados, quando dever-se-ia dar-lhes a possibilidade de, mediante determinados critérios, poderem jogar para uma outra Selecção de que possuem a nacionalidade”, lê-se numa nota informativa do site da FCF.
Para Mário Semedo há necessidade de proteger os países africanos normalmente, vítimas das selecções europeias que acabam por “roubar” muitos dos talentos formados nos países de origem, com forte influência dos agentes desses jogadores. Neste sentido, Semedo pediu ao presidente da CAF, Ahmad Ahmad, que defenda as federações filiadas.
Por seu turno, A FIFA garantiu que este e outros assuntos serão analisados pelos seus órgãos, admitindo a possibilidade de serem discutidos nos próximos Congressos do organismo.
Fizeram-se também presentes no encontro virtual os presidentes da CAF, e das federações de Angola, Guiné Equatorial, Moçambique e S. Tomé e Príncipe, bem como alguns responsáveis da Administração da FIFA.
Durante a reunião Gianni Infantino, apresentou um conjunto de informações sobre a situação da COVID-19, actualizando as decisões da FIFA relativos ao assunto e ouviu também um relato dos Presidentes das Federações sobre a situação actual da COVID 19 nos respectivos países.
De seguida houve tempo para debate de várias questões ligadas ao futebol face à situação do coronavírus, com destaque para o calendário internacional das selecções, as competições nacionais, as infra-estruturas, a formação, entre outras.
Relacionado com os Clubes de futebol, o Presidente Mário Semedo defendeu a necessidade da FIFA criar projectos específicos para apoiar clubes, e deu como exemplos clubes que se esforçam para construírem suas próprias infra-estruturas com objectivo de criarem condições para a sua auto-sustentabilidade, que merecem um apoio nesse sentido. A formação e a assistência técnica também mereceram atenção durante o debate.