Após ter sido cancelada devido a pandemia da COVID-19, o Ciclo Maio Doc vai mesmo acontecer. O evento, promovido o Centro Cultural Português, se realiza pelo 13º ano consecutivo. Esta mostra de cinema documental destaca-se este ano pela curadoria do cineasta Rui Simões, com a maioria dos filmes em estreia em território cabo-verdiano.
O pontapé de saída vai ser dado filme “Elinga Teatro”, que foi seleccionado para a terceira edição do Programa CPLP Audiovisual. Este documentário angolano retrata o processo de produção, preparação teatral e a evolução da companhia que há 30 anos realiza sua missão de levar a arte teatral ao povo de Luanda.
Na sua estreia como director, Paulo Azevedo aborda a história do Elinga, uma casa de performances e âncora cultural, em uma perspectiva testemunhal, acompanhando os atores, empregados e demais pessoas que possuem relação com o local. Carlos Domingos, funcionário do Elinga Teatro, participa do documentário – Divulgação
Sendo uma das poucas companhias com instalações próprias, o teatro de Elinga se encontra em um edifício do século 19, considerado um testemunho histórico do passado colonial, e vê-se sufocado pelo luxo das novas construções e pela especulação imobiliária em uma cidade onde os espaços culturais ainda se mostram insuficientes.
