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Saúde

Depois de interregno forçado por COVID-19.  Retoma de viagens vivifica Economia 

 

 

Por:Alex Semedo

1– Impulso 

As viagens inter-ilhas – marítimas e aéreas – recomeçaram quarta-feira, 15, num dia em que Cabo Verde regista 58 casos novos positivos, passando a um acumulado de mil 837, desde a primeira notificação, na Ilha da Boa Vista, a 19 de Março passado.

No espaço de 30 dias, o País mais que duplicou o número de contágios, pois, a 15 de Junho contava, cumulativamente, 759 casos, para pular, um mês depois – a 15 de Julho de 2020 -, para mil 837.

Mas adiante.

E com astral alto, pensamento positivo e confiança em dias melhores, num futuro que não tarda em chegar.

Cientes, todavia, de que nada será, nem de perto nem de longe, parecido com a vida vivida até os primeiros dias de Dezembro do Ano de Nossenhor Jesus Cristo de 2019. 

Certeza de ciência certa é que a retoma das ligações inter-ilhas dá um novo fôlego, impulso e vivifica a Economia do Arquipélago – nos mais diversos domínios de actividades! -, praticamente, em estado letárgico, desde Março passado. 

Ademais, haverá uma maior, regular e muito desejada circulação de pessoas e bens.

Quanto mais não seja, neste “novo e possível  tempo de normalidade” , que nascerá na Era Pós-Pandemia. 

Já que, “o antigo normal”, é para se esquecer.

Riscado que foi por este misterioso, oportunista, democrata e “prindante” COVID-19.

Que muitos ainda duvidam da sua real existência.

Presentemente, os municípios mais afectados são: Praia e Santa Cruz (na Ilha de Santiago); e Sal. 

Da notificação do primeiro caso (em Boa Vista) a esta data, registaram-se 19 mortes. 

 

2– Com 19 óbitos…

Até à tarde de segunda-feira, 13, Cabo Verde registava 19 óbitos, repartidos por: Praia (na Ilha de Santiago, 12); Ilha do Sal (quatro); na ilha de São Vicente (um), Boa Vista (um); e  em São Domingos (em Santiago, também com um).

O director Nacional da Saúde (DNS), Artur Correia, avançou aos jornalistas na já tradicional conversa com a Imprensa, que das 19 mortes registadas, 15 eram da faixa etária a partir dos 60 anos.
Pormenorizando, listou que seis pertenciam à faixa etária dos 61 a 70 anos, enquanto nove estavam na casa dos 71 aos 92 anos.  

A modos de balanço, reportou que o Arquipélago contava, na quarta semana do mês de Junho, com um pico de 341 casos, seguido de uma bnaixa nas duas semanas seguintes.

Os principais focos de transmissão do novo Coronavírus – revela Correia -, estão nos Concelhos da Praia, Santa Cruz e Santa Catarina (todos na Ilha de Santiago) e no Município do Sal.

Uma vez mais, os cidadãos são lembrados que COVID-19 “está nas mãos”, alias na alma da mão de cada um de nós.

De todos.

E caso houver descuido – por menor que seja! -, não olha a quem…

3Análises

O País (ainda) manda fazer testes no exterior.

Mais concretamente, em Portugal, no Laboratório do Instituto “Ricardo Jorge”.

A justificativa é para dar vazão, aliás, respostas atempadas, céleres e em tempo razoável, às amostras que chegam aos estabelecimentos existentes.

Até porque, mesmo assim – com recurso à cooperação! -, várias são as reclamações dos testados, que, denunciam, a existência de casos de mais de 15 dias sem comunicação do estado da sua qualidade de saúde.

Face a estes questionamentos dos jornalistas, Correia garante que o País tem trabalhado no sentido de aumentar a sua capacidade de resposta e que, presentemente, existem três laboratórios de Virologia, repartidos por Praia, Mindelo e Sal. “Brevemente, serão criados mais dois pólos de diagnóstico na Praia e na ilha do Fogo. Paulatinamente, vão se criando mais condições, a nível nacional”, reafirma. 

No diagnóstico do director Nacional da Saúde, à semelhança de outros países desta nossa Aldeia Global, o Arquipélago tem registado um avolumar de casos de COVID-19. 

“Felizmente, a taxa de incidência da Doença no País é baixa, quando comparada com a dos países como Itália, Inglaterra, Espanha, Brasil e Estados Unidos da América”, sustenta.

À semelhança das vezes outras, Correia apela à população, com relevo para os jovens, no sentido de cumprirem as medidas preventivas avançadas pelas autoridades sanitárias, em ordem a se evitar a propagação do virus.

 “Em seguindo essas orientações, protegem as pessoas de risco, com destaque para os idosos, que são os mais vulneráveis à Doença”, remarca Correia.

Conselhos e directivas é o que não faltam.

De que se  carece é do comportamento democrático e cívico-cidadão.

Sempre pensando e respeitando o outro.

O semelhante. 

Para que nenhum justo pague pelo pecador. 

 

4 Recado Presidencial 

Jorge Carlos Fonseca socorreu-se, uma vez mais, da sua Rede Social no “Facebook” – como, aliás, já lhe virou peculiar e familiar! -, para chamar os actores políticos à tarimba, conclamando-lhes à focagem na Pandemia de COVID-19.

Reconhecendo, todavia, que os “jogos políticos” sejam “legítimos”, quanto mais não seja com o cheiro das Autárquicas no ar – até porque os candidatos a presidentes de câmaras dos dois maiores partidos da praça já foram anunciados -, e com tudo a indicar que o pleito acontece no último trimestre deste ano, o Presidente da República entende que, nos dias de penúria que estão a ser dobrados, “o essencial” é a focagem na luta contra o novo Coronavírus.

 “A Democracia vive desses ingredientes, sempre. Mas ninguém pode olvidar que o essencial nestes tempos é o combate à Epidemia”, afirma.

Para o ano de 2021, de acordo com o Calendário Político, acontecem as Legislativas e as Presidenciais.

Como a peleja já dá mostras de que cada qual quer marcar o seu campo – em tempo devido, para que o diabo não vá urdir a sua trama! -, Fonseca sai a terreiro com recados para quem quer ouvir, registar e seguir.

Até porque, ele – está à-vontade! -, já que, por travão da Constituição da República, não pode entrar em mais uma peleja seguida.

Pelo menos, tem de fazer a quarentena – aliás, nojo! -, de um mandato. 

Que é, de cinco anos.

5– COVID-19 pode piorar…

A Pandemia Global do novo Coronavírus pode piorar muito se os países não aderirem às precauções básicas de Saúde. 

“Deixe-me ser franco: muitos países estão indo na direção errada, o vírus continua sendo o inimigo público número um”, alerta o director-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), o etíope Tedros Adhanom, em entrevista “Online”, a partir da Sede da Organização, em Genebra (na Suíça). “Se o básico não for seguido, o único caminho dessa Pandemia será ficar cada vez pior e pior e pior.”, completou.

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