A cabo-verdiana Luciene Cabral é uma das bailarinas africanas a integrar a reprise de “A Sacre du Printemps” da bailarina e coreografa alemã Pina Bausch.
Luciene participou em uma audição em 2019 realizado no Senegal e foi escolhida para a peça com 38 bailarinos, de 14 países diferentes.
Para Luciene, estar em “Sacre du Printemps” é uma honra. “A peça é muito intensa, muito corpo, entrega e um grande desafio. Ter a oportunidade de participar juntamente com outros bailarinos africanos, é uma grande satisfação e honra. A ficha demorou alguns dias a cair”, declara a bailarina, acrescentando que a sua participação na peça constitui um grande incentivo para a sua carreira.
“Sinto que África precisava desse acontecimento na área da dança e poder dizer que Cabo Verde faz parte disso deixa-me muito feliz e convicta de que esse é o meu caminho. Estou no início da minha carreira e ter essa oportunidade agora é como se o universo quer me manter agarrada à dança. Significa também mais dedicação e disciplina”, avança.
A bailarina começou a sua carreira há dois anos com o grupo Raiz di Polon, conforme explica.
“Entrei na companhia Raiz di Polon, e lá fui convidada pelo bailarino Nuno Barreto a trabalhar mais intensamente a expressão corporal. Comecei a participar em algumas performances, depois nasceram peças em parceria com Nuno, como “Cisne Preto”, “Badju Kabu Kaba”, uma residência criativa e artística em Lisboa para a montagem da peça “Stratus di Sociedadi”, e agora a remontagem da peça ´Sagração da Primavera`, de Pina Bausch”.
A “Sacre du Printemps” teve sua estreia em 1975, agora foi feita a sua reprise em Senegal com bailarinos africanos.
Criselene Brito – Estagiária
