Os vitivinicultores de Chã das Caldeiras aguardam, há três anos, pela construção da adega definitiva prometida pelo Governo. A campanha de vindima realiza-se em instalações provisórias sem as condições para atender às demandas de um ano de boa produção.
Conforme A NAÇÃO apurou, apesar de várias promessas, ainda não há uma previsão para a construção dessa adega definitiva de Chã das Caldeiras, cujo projecto foi socializado em Chã das Caldeira em Abril de 2017. Na altura, o Governo admitiu já ter mobilizado 80 mil contos para a primeira fase, que deveria acontecer antes do final de 2017, ou seja, há cerca de três anos.
Esta unidade industrial, projectada por uma equipa técnica de Tenerife (Canárias), representa um investimento de aproximadamente 400 milhões de escudo e terá uma capacidade para transformar 750 toneladas de uvas/ano, o equivalente a cerca de meio milhão de litros de vinho.
Estima-se que, em princípio, a adega definitiva será construída no interior da Caldeira, entre Boca Fonte e Portela, local escolhido pela equipa técnica, alegadamente, devido a factores como facilidade na acessibilidade, segurança, acesso à água e impacto ambiental.
A sua capacidade de produção será quase quatro vezes maior que a quantidade de matéria-prima (200 toneladas) transformada em 2014, ano de maior produção de vinho de que há memória em Chã das Caldeiras e na ilha do Fogo em geral.
O edifício da adega definitiva que ocupará uma área de oito mil metros quadrados, terá dois pisos com espaços para uma melhor separação e valorização da uva, melhor eficiência energética, zonas de envelhecimento de vinho com capacidade até 30 mil litros, zona para recepção e processamento da matéria-prima, área de engarrafamento e para destilação.
Haverá ainda um espaço anexo para transformação de frutas com capacidade para 200 toneladas/ano, espaço para serviço de restauração e turismo, área administrativa e para reunião com capacidade para receber todos os sócios, entre outros.