Os Estados Unidos da América (EUA) conseguiram garantir a extradição do empresário colombiano Alex Saab Morán, actualmente detido em Cabo Verde, acusado por Washington de lavar milhões de dólares através do sistema financeiro norte-americano e de actuar como “testa de ferro” do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
Conforme o site Primer Informe, que cita uma fonte que participa de várias investigações relacionadas à Venezuela, “a extradição é um facto” e “é um duro golpe para Nicolás Maduro”. Esse site dá assim a entender que o processo Saab, em Cabo Verde, são favas contadas para os EUA e deverá acontecer nos próximos dias, ou até horas.
Um avião da DEA (agência americana de luta contra a droga e a criminalidade) partiu na terça-feira com destino à cidade de Praia com três agentes especiais até a liberação do empresário, para transportá-lo para Miami, “são e salvo”.
O empresário foi detido por agentes da Interpol à sua chegada ao aeroporto internacional do Sal, no dia 13 de Junho, depois de os EUA terem pedido a activação do alerta vermelho para a sua prisão.
Conforme o Primer Informe, cinco dias após sua prisão, a 18 de Junho, um avião de transporte militar norte-americano C-17A pousou na ilha do Sal. A aeronave, que partiu de uma base europeia, transportou agentes federais a bordo para reforçar a segurança no centro prisional onde a Saab estava detido.
“Inicialmente, o Governo cabo-verdiano decidiu expulsar Saab depois da sua detenção, para que ele pudesse ser entregue aos agentes federais que já estavam na ilha. Mas um juiz ordenou o início de um processo de extradição, apesar do facto de não haver acordos entre Cabo Verde e os Estados Unidos”, escreve o Primer Informe.
O Procurador Geral da República, José Landim, disse que os EUA têm um mínimo de 18 dias e um máximo de 40 para solicitar a extradição de Saab Morán. Em alguns dias, a promotoria de Miami apresentou um arquivo volumoso para fundamentar seu pedido de extradição. O impasse criado em Cabo Verde terá alterado os planos das autoridades americanas, confiantes que poderiam, em dois tempos, retirar o empresário de Cabo Verde.