A Situação de Calamidade, declarada há 52 dias – e já na sua quarta vigência -, poderá ser renovada para todo o País, até 12 de Julho, pelo Governo, que esta quarta-feira, 24, ouve, uma vez mais, os epidemiologistas.
Para os especialistas em Saúde Pública – citados pelo sítio jn.pt -, é preciso aguardar pela evolução dos surtos de COVID-19 dos últimos dias, principalmente em Lisboa – a Capital -, antes de baixar o nível de gravidade.
O epidemiologista Manuel Carmo Gomes, um dos quatro elementos do Painel que será ouvido no Infarmed, admitiu, ao jn.pt, que “há a possibilidade de ser necessário” manter no País o nível de restrições impostas pela Situação de Calamidade, principalmente perante os números de Lisboa. Mas recusou detalhar as orientações que irá dar.
Outro elemento do Painel defendeu que só parte de Portugal possa evoluir para outros níveis de gravidade inferiors: o de Contingência ou o de Alerta.
Na última reunião, a 8 de Junho, António Costa ficou com muitas dúvidas, a ponto de ter chamado, a seguir, a directora-geral da Saúde a São Bento: os epidemiologistas desconheciam qual poderia ser a evolução em Lisboa, quando já despontavam alguns surtos.
A Situação de Calamidade foi renovada até 28 de Junho.
Além da eventual renovação da Calamidade, o Governo de Costa aprova, quinta-feira, 25, em Conselho de Ministros, as contra-ordenações a aplicar às festas e ajuntamentos com mais de 20 pessoas (em Lisboa, o limite é de dez, desde terça-feira, 23).
O passo atrás que Lisboa deu, onde se inclui o fecho do comércio às 20 horas, a proibição da venda de álcool em estações de serviço e o reforço de vigilância em 19 freguesias de cinco concelhos, levou a Associação Portuguesa de Centros Comerciais a lamentar a “nova limitação de horário”.