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Covid-19

Ponderação oportuna. Economia desrima com Pandemia

 

 

Por: Alex Semedo

 

1- Risco

A Economia de Cabo Verde depende, grandemente, do Turismo.

Mas, um Povo doente – sem saúde! – não goza dos benefícios da Economia.

Disso, qualquer leigo e “analfas”, aliás, “desletrado” económico, encaixa.

Que a Pandemia – qualquer que for! -, quanto mais não seja Global, também desrima, desestrutura e desregula a Economia de qualquer País.

Mas, daí a viagens sem testes para este nosso Arquipélago, não se lembrava ao diabo.

Basta passar-se em revista o que se passou, passa e ainda se vive.

Como não se está sozinho no Mundo, é conveniente, aconselhável, curial e ajuízado recorrer-se a exemplos de outras paragens.

Que até podem parecer conservadoras…demais.

Países tidos como potências, estão medando a Segunda Vaga do novo Coronavírus.

Que supõem – pois, ainda não há certezas! –, a nova estirpe do vírus pode ser mais destrutiva e resistente.

Embora, ainda, só haja incertezas.

Mas, como a saúde de um Povo não é mensurável – nem em termos de cifrão, euros, libras, dólares, rublos e outros que tais! -, malgrado o abalo sentido na Economia – que não rima com a Pandemia! -, então, que, ao menos se faça a despistagem.

Amortizava-se – aliás, “mitigava-se”! -, ao menos e…não se matava, de uma só paulada, a nossa galinha dos ovos-de-ouro.

Vulgo, Turismo.

Porém, o Primeiro-Ministro de Cabo Verde já sentenciou que vai ser “céu aberto” e que os viajantes serão dispensados de quarentena e de testes de COVID-19, com a retoma dos vôos internacionais.

Que não deixa de ser um risco.

E dos grandes.

Não se sabe, se é um risco que está a ser calculado.

Como em ocasiões outras, e porque, “a  cada cabeça, a sua sentença” – acrescido do adágio do Povo, de que, “em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão” -, teses, reacções e argumentos mil já campeiam por estas Ilhas, desde o – ainda recente! – anúncio feito por Correia e Silva.

Confrontado com esta possibilidade, o director Nacional da Saúde, Artur Correia, lembra que “o risco é permanente”, mas que   os profissionais de Saúde devem estar preparados para fazerem a “melhor Vigilância Epidemiológica” do País.

“O risco é permanente e dependem de medidas de políticas que os Governos tomam. Temos que conciliar a Segurança Sanitária e as medidas políticas que forem tomadas”, admite Correia.

Por ora, certo mesmo, é que há riscos.

Mas é, também, um dossiê que merece e clama ponderação.

Até porque, conselhos e caldos-de-galinha, nunca fizeram mal a ninguém…

Será?

 

2- Perda de estribeiras?

Artur Correia “espantou” meio-mundo nesta quinta-feira, 18.

Alguém até disse que o homem – quase! – perdeu as estribeiras.

Nós, que somos do bem – e não radical! -, não acreditamos que chegou a tanto.

O certo é que não se sabe, por que carga d’água, o Homem apareceu “xatiadu si”, no já tradicional encontro com a Imprensa.

De – quase! – todas as tardes. Já que, há alguns revezamentos.

Certo-certo é que o director Nacional da Saúde  – DNS -, não se sabe por que contrariedades – é disso mesmo que se tratou? –, veio dar o troco.

Sim, troco.

Se não é troco –com “compustura” e tudo! – é aviso ou esclarecimento às internadas no Hospital de Campanha – que teimamos em chamar Hospital de Missão! -, montado no Estádio Nacional, em Monte Vaca, mais concretamente, na cabeceira da Achada de São Filipe  -na Praia -, de que aquele “recurso” não é Hotel.

Sim, Hospital – de Campanha ou não! – não é Hotel.

Isso até parece mais que cristalino e…pacífico também.

Só que o “pecado mortal” das pacientes é terem “denunciado”, na Comunicação Social, as “péssimas” condições higiénico-sanitárias do sítio: um balneário para 30 utentes; uma vitamina C e uma máscara por dia; e…refeições horrorosas e a desoras.

E a lista não fica por aqui.

Preferiam ficar em suas casas. Em “isolamento domiciliar”.

Até porque, médicos? Nem pelo canudo!

Enfermeiros? Só pelas janelas.

Para agravar a situação, são elas que – por solidariedade? – higienizam uma “colega” de mais de 90 anos.

“Tudo isto não é normalidade e o Ministério da Saúde não é nenhuma Empresa de Hotelaria. Não estamos vocacionados para isso, estamos a criar todas as condições possíveis, para responder com rapidez possível, neste curto espaço de tempo, e permitir que tenhamos um bom resultado na gestão da Pandemia”, lembra, para garantir que entende “aquelas pessoas que estão isoladas, num espaço diferente”, e que isto afecta o estado emocional.

Ficamos a saber que, essas mulheres, qual “Nhanha Bombolon” – a tal de Rubon Manel, lembram-se? -, prometem não se desarmar.

O que vem a seguir, nem queremos magicar.

Torcemos mesmo, é para que não hajam cenas para próximos capítulos.

 

3- Dobrados 90 dias…

Cabo Verde merece muito mais.

E jamais a frieza e tristeza dos números.

Na verdade, três meses exactos após a notificação do primeiro caso na Ilha da Boa Vista, naquele fatídico 19 de Março, até esta sexta-feira, 19 de Junho, o Arquipélago conta 849 casos positivos acumulados de COVID-19, com oito mortos.

Chega!

Que não haja nem mais um.

 

4- COVID-19  volta ao Parlamento

Governo e MpD – a Fomação que sustenta o Executivo – dão boa nota às medidas tomadas pelo Palácio da Várzea, para “mitigar” os abalos provocados pelo novo Coronavírus – a Pandemia que sacode o Mundo desde os finais de Dezembro.

Em contra-mão,  o PAICV – o maior Partido da Oposição – reprova as “soluções” adoptadas.

O dossiê retorna à Assembleia Nacional – Parlamento -, na primeira Sessão Plenária de Julho.

A garantia foi dada à Imprensa, na Cidade da Praia, quinta-feira, pelo Presidente do Parlamento, Jorge Santos, anunciando que  o Relatório de Execução das Medidas Excepcionais será um dos pontos da Agenda da Casa da Democracia.

“A Assembleia Nacional, que tem acompanhado todo debate de implementação das Medidas de Emergência, já agendou,  para a I Sessão de Julho, o debate parlamentar do Relatório da Execução das Medidas Excepcionais advenientes do Decreto Presidencial e da Resolução do Governo, perante a Pandemia da COVID-19”, remarcou Jorge Santos.

É esperar…para ver.

 

5- Exaltação

Está tudo dependente.

Tudo condicionado.

Programado.

Conectado.

Tudo por culpa do novo Coronavírus, cognominado COVID-19.

Nem mesmo o Aniversário  45 da Independência de Cabo Verde, proclamada, no Estádio da Várzea – na Cidade da Praia -, naquele 5 de Julho de 1975.

“Dia do Nosso Orgulho”, o evento merece e reclama que seja do Povo.

Que há muito espera que lhe seja devolvido.

O protagonismo.

À semelhança daquela manhã de 1975.

Tomara que, vencida a “guerra” contra COVID-19, “o Povo seja chamado, tido e achado” em semelhantes celebrações, momentos de exaltação e…de recordações mil.

De todo o modo, e estando em maré de restrições impostas pela Situação de Calamidade – em que se encontra o País, após o Estado de Emergência -, a par das normas sanitárias a serem observadas, os Presidentes da República e da Assembleia Nacional, respectivamete, Jorge Carlos Fonseca e Jorge Santos, já acertaram as agulhas para o Acto Celebrativo dos 45 anos.

“Vamos ter a nossa Sessão, no modelo reduzido em número de participantes, mas com todas as instituições e personalidades, sejam estatais, nacionais e locais, mas, também, representantes da própria Sociedade Civil”, garantiu à Imprensa, Jorge Santos, realçando, todavia, que será “um momento de reflexão e de exaltação nacional”.

Lá estaremos…

Mesmo que virtual.

 

6-  Retorno ou progressão?

Novos focos de infecção na Alemanha; aumento de número de casos em Portugal; aumento do número de mortos em Itália…assim vai a evolução da COVID-19 na Europa.

Na Roménia – pt.euronews.com -, os níveis de contágio continuam bastante altos e vários hospitais atingiram o ponto de saturação e deixaram de receber pacientes. O Presidente, Klaus Iohannis, adverte que a situação é preocupante e apela ao cumprimento das regras de higiene e distância física.

Em Portugal – Pais que foi tido como exemplo, em determinada ocasião -, o número de infecções tem subido numa média de mais de 300 por dia, com uma subida acentuada na quinta-feira, 18, com mais 417 casos.

A maior concentração de novos casos continua a ser na Área Metropolitana de Lisboa, mas há novos focos também no Algarve.

O aumento dos casos de infeção em Portugal levou cerca de uma dezena de países europeus a proibirem ou impôrem restrições à entrada de cidadãos portugueses. O Governo luso  protesta contra esta  decisão – tomada à revelia das decisões da União Europeia – e admite impor, também, restrições à entrada de cidadãos desses países, utilizando o princípio da reciprocidade.

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