Há vários dias que o país tem sido fustigado pela bruma seca. O fenómeno não é novo para os cabo-verdianos mas exige cuidados ao nível da saúde.
Especialmente para quem sofre de problemas respiratórios como a rinite, asma, sinusite, bronquite, entre outros.
As alergias também são um problema comum, não apenas das vias respiratórias como também da pele.
O fenómeno já foi inclusive considerado um dos mais preocupantes da poluição do ar em Cabo Verde. A posição foi defendida em 2019, pela professora universitária Sandra Freire, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Ambiente.
Segundo esta investigadora, é difícil fazer uma avaliação em Cabo Verde devido a escassez de estudos, mas a poluição do ar, que pode ser provocada por fontes naturais, principalmente a bruma seca, provoca impactos consideráveis.
Os doentes crónicos com problemas pulmonares são os mais afectados. A poeira pode chegar aos pulmões e comprometer o seu funcionamento, causando dificuldades respiratórias ou infecções mais graves.
Para minimizar os seus efeitos, especialistas recomendam fazer exercícios físicos, hidratar, beber muito líquido, aumentar a frequência do banho, limpar bem a casa e deixá-la arejada.
De acordo com a Organização das Nações Unidas mais de 90% das pessoas no mundo respiram ar impróprio e cerca de 7 milhões morrem todos os anos de forma prematura devido a poluição do ar.