O presidente da JPAI recordou Amílcar Cabral, por ocasião do dia das crianças africanas, que se assinala esta terça-feira (16). Para este responsável, a data impõe uma reflexão em torno da necessidade de garantir que as vozes das crianças sejam ouvidas, a fim de estarem aptas para a luta contra os males sociais.
Considerado o pai da nacionalidade cabo-verdiana, Amilcar Cabral, é o vulto recordado pela JPAI, através da citação – “As crianças são a razão da nossa luta, as flores da nossa revolução”.
Desta forma, a juventude tambarina não só presta uma homenagem a Cabral, como também saúda as crianças do continente africano, com relevo para as de Cabo Verde.
“É necessário que hoje, em África, as crianças tenham oportunidades de fazerem com que as suas vozes sejam ouvidas, a fim de estarem aptas para a luta contra os males que as podem afectar e que impedir no seu desenvolvimento sadio”, diz Fidel Cardoso de Pina.
Ainda a propósito do dia das crianças, este responsável afirma que ‘’o nosso continente de forma global enfrenta todavia muitos problemas candentes relacionadas com as crianças: mortalidade infantil, acesso à educação, o trabalho infantil, a manutenção ou retenção da criança na escola, qualidade do ensino, a mortalidade neonatal e a mortalidade materna que continua a causar a morte de centenas de recém-nascidos e parturientes ou a desnutrição crónica que afecta um agregado populacional de crianças enorme”.
Por outro lado, o presidente da JPAI aponta na direcção da falta de protecção, quando se sabe que ainda há muitas raparigas que se casam antes de atingirem os 18 anos de idade.
Os níveis de pobreza infantil ainda acentuados bem como a violência, o abuso e a negligência que continuam a ocorrer de forma acentuada figuram como algumas das preocupações do lider da juventude tambarina.
O dia 16 de junho é considerado como o Dia das Crianças Africanas pelos grandes acontecimentos que surgiram nesta data. Surgiu no Soweto, na África do Sul, aquando de uma marcha organizada pela população de raça negra que saiu à rua para protestar contra a má qualidade de ensino e os direitos da criança.
Em 1976, milhões de estudantes negros manifestaram-se exigindo o direito a uma melhor educação e aprendizagem das suas línguas maternas em vez do inglês e do Afrikaans que aprendiam nas escolas. Esta data histórica representa um verdadeiro símbolo de luta no continente africano.
Comemora-se desde 1991, o dia da criança africana em 16 de junho, a partir de uma iniciativa da organização da unidade Africana. Desde 1976, houve muitas mudanças em vários países africanos nomeadamente a queda do Apartheid na África do Sul.