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Economia

Fogo: Jardim será transformada num grande perímetro de fruticultura

A localidade de Jardim, situada a cerca de 12 quilómetros a sul da cidade de São Filipe, vai ser transformada num grande perímetro de fruticultura, no âmbito do projecto, que está sendo idealizado pela autarquia de São Filipe, para a massificação de fruticultura no município e na ilha.

A iniciativa foi revelada pelo presidente da câmara de São Filipe, Jorge Nogueira, ao entregar 10 parcelas de fruticultura, cobrindo uma área total de 13 hectares, a 10 famílias da zona sul, naquilo que é considerado como protótipo do projecto de desenvolvimento de fruticultura, que no futuro prevê chegar a mais de 250 famílias do município.

Uma primeira abordagem foi realizada com proprietários da localidade de Jardim, existindo o entendimento, para transformar aquela localidade num grande perímetro de fruticultura, sendo que tudo está a ser trabalhado com conexão na mobilização de água para o sector da agricultura.

“Hoje temos mais água, mais um furo está pronto, faltando apenas o seu equipamento, mais três estão financiados e vamos ter as condições para aproveitar um terreno fértil, que existe, e uma população desempregada, para atingir este objectivo”, considerou o autarca de São Filipe.

Projeto piloto

Sendo que para este ano, com a conclusão do projecto piloto instalado no perímetro de Monte Genebra, prevê-se a produção de 10 a 15 mil fruteiras para cobrir, além de Jardim, as localidades de Lomba e Ponta Verde.

A experiência piloto levou dois anos devido a problemas relacionados com a disponibilidade de água, reconheceu, Jorge Nogueira, mas destacou que o problema está ultrapassado com a mobilização de água e o resultado começou a surgir.

“Esta é uma ínfima parte do que queremos realizar porque a fruticultura é uma das grandes prioridades de São Filipe e da ilha do Fogo”, defendeu o presidente da câmara de São Filipe.

Exportar

A ideia, diz, é produzir em escala para poder exportar para outros mercados e/ou para atrair operadores económicos para montagem de unidades de transformação.

Para o mercado local a produção actual é muita e há sempre excedente, que muitas vezes, os produtores não sabem como utilizá-los, mas para o objectivo de desenvolvimento económico, a produção é pouca ou quase nada, e por isso, é necessário plantar muito mais, aproveitando a potencialidade para ter grande quantidade e diversidade de frutas que a ilha no seu todo oferece.

“O que queremos é ter escala, porque só podemos falar de fruticultura se tivermos capacidade de produzir grande quantidade que vai permitir aos investidores entrar para a comercialização das frutas e a transformação de uma boa parte e vender os produtos com a marca Fogo”, referiu o autarca.

Os municípios  da ilha definiram a fruticultura e a agroindústria, assim como o turismo, como as prioridades das prioridades para o desenvolvimento económico do Fogo no seu todo.

Porque este é um sector prioritário, está-se a equacionar a utilização de parte do valor do Fundo de Descentralização, financiado pelo Grão-Ducado de Luxemburgo e Governo de Cabo Verde, destinado a São Filipe, para alargar a experiência de massificação de fruticultura no território municipal.

A experiência piloto, que contemplou 10 famílias, foi financiada no âmbito do Programa Plataforma para Desenvolvimento Local e Agenda 20/30 em Cabo Verde com fundos da Cooperação Luxemburguesa, e com vários parceiros nacionais e locais, para aproveitar a potencialidade do Fogo para produzir frutas em diversidade e quantidade.

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