O advogado de defesa do agente da Polícia Nacional, acusado por crime de violação sexual contra uma jovem, dentro da Esquadra da PN em Santa Catarina, confirma que a queixosa já entrou com o processo de desistência da queixa junto dos tribunais, a troco do pagamento de uma indemnização, no valor de 800 mil escudos, por parte do arguido.
Em conversa com o A NAÇÃO, Gilson Cardoso avança que o processo de renúncia da queixa e pedido indemnização partiu dos advogados da defesa da queixosa.
Cardoso adianta ainda que o processo já deu entrada no tribunal restando agora esperar para saber se o juiz aceita ou não o pedido.
A notícia da desistência da queixa por parte da queixosa foi avançada pela Inforpress, segunda-feira, 8 de junho, cintando fonte judicial.
Se o tribunal aceitar o pedido da retirada da queixa sobre agressão sexual, o agente da PN em prisão preventiva vai ser julgado apenas pelos crimes de prevaricação de funcionário e abuso de poder.
Outro agente supostamente envolvido vai responder por crimes de tortura e tratamento cruel e degradante.
O caso remonta a Outubro de 2019, quando uma jovem que esteve detida na Esquadra de Santa Catarina, denunciou publicamente que foi vítima de abuso sexual e agressão física e maus tratos no interior da referida esquadra.
O relatório da Polícia Cientifica Portuguesa, enviado às autoridades judiciais cabo-verdianas, no início deste mês de junho, aponta que foram encontrados nas amostras, enviadas para análise, vestígios compatíveis com o ADN do agente da PN acusado de violação sexual.