As partes comprometem-se a trabalhar – Segundo o portal da RFI -, de forma coordenada e com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde, na procura de fundos financeiros que vão reforçar as capacidades do País na resposta à Pandemia do novo Coronavírus.
O Acordo estabelece, ainda, as medidas prioritárias no tratamento da Pandemia, na detecção dos casos activos da COVID-19, na vigilância epidemiológica e no tratamento das pessoas contaminadas.
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, que se vai encarregar de todo o processo, a distribuição de fundos será feita através de organismos internacionais, sem passar pelo governo de Nicolas Maduro.
Este Acordo representa uma das maiores concessões feitas pelas autoridades, que até aqui se opuseram à abertura de um canal humanitário independente. Resta saber se as relações tensas que existem entre os dois rivais não vão comprometer a sobrevivência deste Plano de Cooperação.
Juan Guaidó, presidente do Parlamento – a única instituição venezuelana controlada pela Oposição -, não reconhece a legitimidade de Maduro. Guaidó auto-proclamou-se, em Janeiro de 2019, presidente interino da Venezuela e é reconhecido por cerca de 50 países, nomeadamente, os Estados Unidos da América.
A Venezuela conta, oficialmente, com mais de mil e 800 casos de contaminação de COVID-19 e 18 mortes. Todavia, as organizações internacionais como a “Human Rights Watch” consideram que estes números não traduzem a realidade e que o balanço real deve ser bem mais pesado.