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Covid-19

Alerta. “Teste não é vacina” para COVID-19

 

 

Por: Alex Semedo

1- Aviso à navegação 

O aviso é oportuno, razoável e pertinente.

E chama à razão, aos que, eventualmente, por excesso de optimismo, sentem-se tentados a atirar foguetes sem razões para tanto.

Foi feito em jeito de alerta, terça-feira, 26, pelo ministro da Saúde e da Segurança Social, Arlindo do Rosário, numa ronda  pelas tendas de “massificação de testes rápidos”, montadas em vários bairros da Cidade da Praia, como uma das (diversas) medidas de operacionalização das directivas das autoridades sanitárias.

“O teste não é vacina contra COVID-19. É preciso que as pessoas entendam. Fazendo um teste hoje, com resultado negativo, não significa que amanhã não possa ter a doença. Portanto, convém manter todas as medidas que vêm sendo recomendadas”, remarcou Do Rosário, para esclarecer que, em caso de “positividade”, deve ser compelementado com PCR, feito em Laboratório.

Uma Equipa Multi-Sectorial está a aplicar testes rápidos na comunidade e a desenvolver acções de sensibilização nos bairros da Praia, desde o começo da segunda quinzena de Maio.

Grosso modo, o governante ficou satisfeito com a postura e o comportamento das pessoas – que acorreram às tendas por onde passou! -, nomeadamente, quanto ao uso de máscaras faciais, no distanciamento (físico) e na higienização das mãos, mas desafiou-as a prepararem-se para “uma nova normalidade” de convivência com o novo Coronavírus, prosseguindo com as medidas de prevenção, enquanto durar esta Pandemia Global.

Que é real. Que também assola Cabo Verde.

E, para o qual, por ora (ainda!), não existe vacina.

 

2- Elogio…

Comparando Cabo Verde com outros países desta nossa Aldeia Global, o representante da OMS  (Organização Mundial da Saúde) avalia que o Arquipélago está a ter “um bom resultado” no combate à COVID-19.

Hernando Agudelo, que estava “no terreno”, na companhia do ministro Arlindo do Rosário, admite que o País “fugiu” ao modelo de cenários – mais pessimistas! –, traçado pela Organização que representa, segundo as quais, presentemente – caso medidas não fossem tomadas! -, poderia haver muitos mais casos e vítimas.

“O trabalho é bastante positivo”, manifesta Agudelo, remarcando “as acções e decisões atempadas” que o Governo tomou.

 

3- Enguiço…técnico

Cabo Verde regista(va) 390 contaminados (acumulados), e três mortes, até à última divulgação do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde e da Segurança Social (MSSS), de segunda-feira, 25, com dados referentes ao dia anterior, domingo.

Nesta ocasião, havia o registo de 390 contaminados, dos quais, 331 em Santiago, repartidos pelos concelhos da Praia (323) – que é, agora, o epicentro da Epidemia em Cabo Verde -; São Domingos (quatro); Tarrafal (dois); e Santa Cruz (dois) -; na Boa Vista (56); e São Vicente (três).

Havia o registo de 155 recuperados e de três óbitos.

Entretanto, na terça-feira, 26, o ministro Arlindo do Rosário deu conta aos jornalistas da morte de uma paciente de 55 anos – vítima de COVID-19 -, que estava internada no Hospital “Dr. Agostinho Neto” (na Cidade da Praia) e que sofria de outros problemas de saúde.

Quarta-feira, 27, o MSSS veio a terreiro comunicar que “um problema técnico, com um novo pacote de testes recentemente chegado ao País”, impossibilitam a apresentação dos resultados das amostras realizadas no Laboratorio de Virologia.

O mesmo Documento garante, todavia, que está-se “a fazer os possíveis para, rapidamente, retomar o processo, com normalidade”.

Até lá, torcemos para que seja o último enguiço…técnico.

 

4- Prenda 

O Estado de Emergência, ainda vigente na Ilha de Santiago – até ao dia 29! -, tem penalizado, “ao quadrado”, a COLMEIA (Associação de Pais e Amigos de Crianças e Jovens com Necessidades Especiais).

Que o diga a sua incansável mentora e líder, Isabel Moniz, que não tem olhado a esforços para minorar o sofrimento dos que têm limitações de mobilidade – e não só! -, mesmo nos tempos ditos “normais”.

Crente “acérrima” de que a solidariedade não é uma palavra vã,  bate, incansavelmente, em várias portas – nestas Ilhas do Altântico e na Diáspora! -, na tentativa de “obter o pouco que vira muito”, qual multiplicação de pães reportada na Bíblia.

Um das mais recentes “mãozinhas” – aliás, prenda pelo sexto aniversário de vida! -, chegou nesta quarta-feira, 27.

Os “padrinhos” foram as empresas “Bem Servir” e a “Torrefactora Santiago – Cafés de Cabo Verde”.

Criada há seis anos, COLMEIA auxilia crianças e jovens com deficiências – incluindo a deficiência intelectual –  e suas respectivas famílias, com ajudas de vários parceiros.

Que espera aumentar na era pós-Pandemia.

Merece destacar que a acção da COLMEIA é um complemento ao trabalho do Estado, visando dar respostas a um público-alvo com alguma carência e…na condição de deficiência.

 

5- Falsa blindagem…

A partir de 25 de Maio do Ano 2020 de Nossenhor Jesus Cristo, passou a ser obrigatório o uso de máscaras faciais em locais interiores e fechados, com várias pessoas.

Que, na verdade, já virou uma obrigatoriedade – “canetiada” em Decreto-Lei nº 47/2020, de 25 de Abril, para que não haja dúvidas nem dribles! -, mas, também – cá para nós! -, que é uma manifestação cívico-cidadã, a par de ser – quase que acima de tudo…a bem da verdade! -, uma “meia” protecção pessoal.

Passa a ser, a partir desta segunda-feira, – como que – mais um acessório a figurar, obrigatoriamente, no rol da nossa indumentária diária.

Mas mais do que uma peça individual – entendemos! -, é um dispositivo – quase que – cívico-cidadão, para não molestar com quem cruza e/ou priva, mas, também, para a nossa auto-protecção.

Na verdade, cria barreira às tais gotículas que podem conter “o oportunista, democrático, imprevisível e invisível” vírus de COVID-19, que tanto mal, tristeza e razia tem causado – e está causando, desconhece-se até quando! -, nesta nossa Aldeia Global.

Destarte, a melhor, curial e mais avisada opção, é mesmo blindarmo-nos com as máscaras faciais, que, embora não sendo o remédio para todos os nossos males, aliás, contra o novo Coronavírus, “mitiga” tal maleita.

“Mitiga”, minora e amortece o contágio.

É isso mesmo,  já que a prevenção – recomendam e insistem os entendidos! – deve ser complementada, com a higienização frequente e correcta das mãos, assim como a etiqueta respiratória, o distanciamento social – que nós teimamos em defender: deve ser o distanciamento físico! -, o confinamento, entre diversas outras.

 

6- Até quando?

Ninguém – ou mesmo muito poucos! – arrisca avançar prognósticos sobre o fim de COVID-19, e, consequentemente, o uso obrigatório de máscaras faciais.

Jogando pelo seguro, mesmo os “experts” – digamos, peritos! – preferem antes, empurrar toda e qualquer conjectura para o final da partida – aliás, da Pandemia! -, como sabiamente, ensinou aí há tempos, um exímio Homem da Bola, lá da antiga Metrópole.

Voltando ainda às máscaras faciais, cá no burgo.

Felizmente que as há muitas e variadas. Garridas, carnavalescas, recatadas, cerimoniosas ou não.

Uma vez mais, é a criatividade crioula – inspirada nos ares destas Ilhas Plantadas no Meio do Atlântico! – em evidência.

Dizíamos, o mercado está recheado de máscaras para todos os gostos, feitios e bolsos,…rompendo, assim, toda e qualquer tentativa e tentação de qualquer tipo de monopólio.

E têm magia: cabem, também, em bolsas das mais diversas forma, tamanhos e feitios, embora desaconselhados estes procedimentos e manuseamentos, que podem ser privilegiados “ninhos” covídicos.

Em face disso, protocolos outros recomendam-se…

 

7- Recuperados 2,2 milhões 

A Pandemia de COVID-19 já matou mais de 346 mil pessoas e infectou mais de 5,5 milhões, em 196 países e territórios.

O balanço é da Agência “France Press”, e cobre até quarta-feira, 27, altura em que perto de 2,2 milhões de pessoas foram dadas como curadas – a nível Mundial.

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