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Covid-19

Covid-19: Hidroxicloroquina não é utilizada em Cabo Verde para tratar infectados

O tratamento de doentes com coronavírus em Cabo Verde é feito de acordo com os sintomas do doente e não para matar o vírus, para o qual ainda não existe um medicamento, explicou o director dos Serviços de Controlo e Prevenção de Doenças, Jorge Barreto.

Segundo o infeciologista, e de acordo com as recomendações da OMS, Cabo Verde não está a utilizar o hidroxicloroquina, medicamento utilizado para combater a malária.

“O protocolo em Cabo Verde diz que o médico pode decidir a bem do doente, e junto com ele, a prescrição ou não do medicamento. Nós não tivemos conhecimento de efeitos adversos. Entretanto, neste momento não estamos a recomendar a sua utilização”, explicou Jorge Barreto.

São vários os países que proibiram a utilização deste medicamento como a França e EUA por haver indicações de em vez de ajudar, prejudica no tratamento.

Entretanto em Cabo Verde, o tratamento é feito de acordo com os sintomas apresentados pelo doente. Se o paciente tem febre, medica-se contra a febre, se está desidratado hidrata-se, se precisa de vitaminas ou oxigénio é medicado em conformidade, e “assim por diante”.

Rastreio de anticorpos

Quanto à aplicação de testes rápidos nos bairros da Praia, Jorge Barreto avançou que no dia 25 foram aplicados cerca de 756 testes nos bairros de Achada Santo António, Tira Chapéu, Palmarejo e outros, com 13 resultados positivos para a presença de anticorpos.

No dia 26, 1227 testes aplicados nos bairros da Várzea, Tira Chapéu, Bela Vista, entre outros, detectaram 19 positivos para anticorpos.

Todos estes casos foram submetidos à recolha de amostras e aguardam a realização de testes PCR.

Jorge Barreto chama, entretanto, a atenção das pessoas e diz que “o facto do teste dar negativo não quer dizer que a pessoa está livre da infecção”.

“Naquele momento não se identificou os anticorpos, mas as pessoas devem manter as medidas de proteção, porque poderá ser uma infecção assintomática, ou estar no início da infecção”, alertou.

Questionado se estes casos vão entrar para as estatísticas dos casos positivos em Cabo Verde, à semelhança do que ocorreu em São Vicente, Jorge Barreto esclarece que são situações diferentes e, a menos que os testes PCR confirmem a infecção, estes não serão contabilizados.

“Em São Vicente os testes PCR foram negativos por uma questão de timing. Na Praia o que se está a fazer é tentar perceber até que ponto houve propagação do vírus na comunidade”, esclareceu, avançando ainda que os testes rápidos ainda não são recomendados como teste de diagnóstico, salvo algumas situações específicas.

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