A partir de hoje, a Hidroxicloroquina deixa de poder ser administrado a pacientes gravemente afectados pela COVID-19 e durante os ensaios clínicos.
Segundo a RFI, a decisão do Governo francês de suspender o Decreto que autorizava a Hidroxicloroquina, medicamento controverso no tratamento da COVID-19, surge após a publicação de duas recomendações nesse sentido.
O Alto Conselho para a Saúde Pública, solicitado pelo ministro francês da Saúde, recomendou “a não utilização da Hidroxicloroquina no tratamento da COVID-19”, limitando o uso do medicamento aos ensaios clínicos autorizados.
Por seu lado, a Agência Francesa de Medicamentos tinha anunciado a suspensão, “por precaução”, dos ensaios clínicos de Hidroxicloroquina em pacientes com COVID-19.
Estes pareceres foram seguidos à publicação de um artigo na Revista de Medicina “The Lancet”, sobre um Estudo que apontava para os riscos e ineficácia do medicamento nos pacientes com COVID-19.
A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) tinha suspendido, por precaução, na segunda-feira, 25, os ensaios clínicos que estava a realizar com a Hidroxicloroquina, em diversos países.
Em França, além de ser utilizada em ensaios clínicos, a Hidroxicloroquina podia ser administrada a doentes hospitalizados, mas apenas em situações graves.