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Covid-19

Covid-19: estudo revela que 66% dos cabo-verdianos usam máscara sempre que saem de casa

Um estudo lançado hoje pela Afrosondagem mostra que 66% dos cabo-verdianos usa máscara sempre que sai de casa. O inquérito teve como base uma amostra aleatória de 1.352 indivíduos com idades superiores a 18 anos, distribuídos por cinco grandes domínios geográficos: Praia e interior de Santiago , São Vicente, Sal e Boa Vista.

Enquanto aproximadamente 2/3 (66%) dos cabo-verdianos inquiridos afirmaram que usam máscara sempre que estão fora de casa, 24% afirmou o contrário, ou seja, não utilizam.

Segundo o documento, na iha do Sal onde não se registou nenhum caso positivo de COVID-19 até então, pouco mais de metade dos respondentes (54%) assegura que não utilizam máscara protetora, seguido pelos residentes dos concelhos do Interior de Santiago com 35% de resposta neste sentido.

Em São Vicente a proporção dos que não utilizam é de 28%, enquanto na Boa Vista e na Praia, a proporção dos respondentes que assume não usar máscara protetora é de somente 16% e 10%, respetivamente.

O presente estudo teve como objetivo geral dotar o Governo de “informações credíveis sobre o
impacto das medidas de prevenção do COVID-19 em Cabo Verde”, avança a Afrosondagem.

Segundo os resultados do inquérito, ainda de entre as medidas adoptadas pelos cabo-verdianos para prevenir a infeção causada pelo COVID-19, destacam-se: lavar as mãos regularmente com água e sabão, ou usando desinfetante à base de álcool com 94% de citações, seguida por sair de casa somente em casos indispensáveis (85%) e usar a
máscara regularmente com 64% de respostas.

Para além destas, outras medidas estão sendo adotadas em menor proporção, tais como, evitar espaços fechados com concentração de pessoas, mencionada por 44% dos inquiridos, evitar tocar em superfícies comuns com as mãos
(corrimão, maçaneta, botão do elevador, etc.) com 30% de menções.

Aproximadamente 9 em cada 10 (88,3%) cabo-verdianos declaram estar preocupados/muito preocupados com o risco de virem a contrair o vírus do COVID-19, particularmente na Praia e nos concelhos do Interior de Santiago com 93% ex-áqueo, seguidos pelos residentes nas ilhas da Boa Vista (81%), do Sal (80%) e de São Vicente (78%).

Os dados do inquérito revelam que cerca de 3 em cada 10 (28%) cabo-verdianos asseguraram não ter saído de casa na última semana (entre 3 a 9 de Março), contrariamente a 22% que saíram quase todos os dias/todos os dias.

De realçar ainda que metade dos cabo-verdianos garantem ter saído de casa poucas vezes no período em referência. Uma leitura mais cuidada dos resultados do inquérito, aponta para o fato que nos concelhos do Interior de Santiago cerca de 41% dos inquiridos asseguram não ter saído de casa durante a última semana, o que representa quase o dobro do registado na Praia (28%), contra 20% na Boa Vista, 17% em S.Vicente e somente 6% no Sal.

Por outro lado, nas ilhas do Sal e de S. Vicente, 43% e 33%, respectivamente dos seus residentes ,afirmam ter saído de casa na última semana todos os dias/quase todos os dias, contra 21% na Praia, 19% na Boa Vista e somente 13% nos concelhos do interior de Santiago.

A grande maioria (92%) dos respondentes considera apropriadas/totalmente apropriadas as
medidas de prevenção à propagação do COVID-19 adoptadas pelo Governo.

Os santiaguenses são praticamente unânimes em considerarem estas medidas como sendo apropriadas com 94%
de resposta favorável, seguidos pelos sanvicentinos com 91% de resposta. Por outro lado, entre os boavistenses esta proporção baixa para 80% e passa para 88% entre os salenses.

Relativamente à capacidade de resposta dos serviços de saúde para limitar a propagação da pandemia provocada pelo COVID-19, cerca de 79% dos inquiridos mostram-se confiantes/muito confiantes na capacidade demonstrada por esta instituição, ao contrário de 18% que expressaram opinião contrária, ou seja, estão pouco confiantes (15%) ou nada confiantes (3%).

Os dados do inquérito da Afrosondagem revelam que em média, 91% dos cabo-verdianos
concordam com as medidas implementadas pelo Governo durante este período.

Desde a declaração do Estado de Emergência, passando pelo fecho das fronteiras marítimas e aéreas,
pelas medidas de isolamento de pessoas com COVID-19, pela quarentena para pessoas que
tiveram contacto com infetados pelo COVID-19, pela obrigatoriedade de manter o distanciamento
social e pela obrigatoriedade do uso de máscara em recintos públicos fechados.

Todas as autoridades envolvidas na prevenção e combate ao COVID-19 foram avaliadas
positivamente pelos cabo-verdianos.

A começar pelo Presidente da República que mereceu a avaliação boa/muito boa de 69% dos respondentes, um ponto percentual a mais comparativamente à classificação conseguida pelo Governo que se situa nos 68%. A
performance da Assembleia Nacional neste quesito é menos conseguida do que o das outras
entidades da República, mas mesmo assim é satisfatória com 56% do universo dos respondentes a considerar boa/muito boa a prestação do Parlamento na prevenção do COVID-19.

A Proteção Civil e os Bombeiros são as duas entidades mais bem avaliadas pelos cabo- verdianos pelo trabalho realizado na prevenção e combate ao COVID-19, com cerca de 78% e 76%, respetivamente de classificação boa/muito boa, seguidas na terceira posição pela Polícia Nacional com 73% de apreciação favorável.

Entre as outras entidades na linha de frente no combate ao COVID-19 surge o Ministério da Saúde que também colhe uma apreciação globalmente favorável (73%) e se coloca ao lado da Polícia Nacional no ranking das entidades
avaliadas e, os hospitais surgem a seguir com 70% de avaliação boa/muito boa.

Os Centros de Saúde também mereceram uma avaliação globalmente positiva com 68% dos inquiridos a
considerar como boa/muito boa a prestação destes centros.

Segundo a Afrosondagem, os resultados da avaliação do impacto das medidas adoptadas para prevenir e mitigar os efeitos sociais e económicos da COVID-19 sobre as famílias cabo-verdianas, mostra um cenário de
apreciação diferenciada em função da medida em análise.

“De facto”, diz o relatório, “a maioria das medidas são bem avaliadas”, como a distribuição das cestas básicas que mereceu 58% de avaliação boa/muito boa, seguida pelo pagamento de um apoio monetário às pessoas mais vulneráveis, bem como o subsídio desemprego, ambos colhendo 54% de apreciação boa/muito boa.

Quanto ao lay off, os resultados positivos aparecem numa proporção mais baixa (42%) e isso deve-se
em boa medida à proporção considerável (32%) de inquiridos que não responderem a esta questão por não estarem em condições de o fazer.

 

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