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Covid-19

Hidroxicloroquina: Trump já não toma e a OMS suspende ensaios clínicos

Donald Trump e Jair Bolsonaro, respectivamente, Presidentes dos Estados Unidos da América – EUA – e do Brasil, são dois dos defensores da Hidroxicloroquina, uma substância que, de acordo com um Estudo publicado na Revista Científica “The Lancet” – a que o jn.pt teve acesso -, aumenta o risco de morte.

Bolsonaro  mudou o Protocolo de Saúde do País para permitir a utilização da Cloroquina, num anúncio feito no “Twitter”, mas desde cedo que a comunidade científica se mostrou preocupada com a sua utilização.

Terá sido essa, aliás, uma das razões que levou o ex-ministro da Saúde brasileiro a abandonar o cargo, apesar de não o admitir. “Não foi a cloroquina, foi política”, explicou Nelson Teich, acrescentando que havia “uma diferença em como abordar o problema” entre si e o Presidente brasileiro.

Esta segunda-feira, 25, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que ia parar, temporariamente, os ensaios clínicos com a Hidroxicloroquina.

“Os dados dos estudos observacionais – como o do “The Lancet” – podem ser enviesados. Queremos usar a Hidroxicloroquina se for segura e eficaz, se reduzir a mortalidade e os internamentos e se os benefícios forem mais do que os danos”, afirmou a cientista sénior da OMS, Soumya Swaminathan.

Donald Trump diss,  no domingo, que deixou de tomar o fármaco.

O Presidente norte-americano tinha admitido que tomava, há cerca de duas semanas, Hidroxicloroquina, depois de os médicos lhe terem falado dos possíveis benefícios do tratamento, mas reviu a sua decisão.

“Já acabei, já acabei. E, já agora, continuo vivo. Pelo que sei, ainda aqui continuo”, afirmou.

Trump tinha defendido a polémica droga durante semanas, apesar de os investigadores criticarem a sua utilização e duvidado da sua eficácia para prevenir ou tratar a COVID-19.

Os EUA compraram 29 milhões de doses do fármaco e Trump, apesar de já não o tomar, continua a dizer que há “sinais muito fortes e poderosos” da sua potencial eficácia.

Uma visão criticada pela Comunidade Científica, que sempre alertou para a falta de evidência que existe para optar por tal tratamento.

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