A iniciativa – de acordo com o sítio informamais.pt – partiu da Associação de Estudantesde Bragança face ao número de alunos, sobretudo africanos, que estão a passar necessidades e foi transformadanuma Campanha Nacional que será coordenada pela Cáritasde Bragança.
A parceria está prestes a ser oficializada num, como revelaram hoje o presidente do Instituto Politécnico de Bragança – IPB -, Orlando Rodrigues, e o Bispo da Diocese de Bragança – Miranda, José Cordeiro.
O presidente do IPB explicou a Lusa que a instituição decidiu apoiar a iniciativa dos estudantes africanos, que representam a maioria dos cerca de três mil alunos estrangeiros, entre um total de nove mil estudantes, e “criar o clima institucional” para que as parcerias necessárias se pudessem estabelecer.
A Campanha visa angariar fundos para os estudantes que se viram em devido a pandemia, nomeadamente porque, com as restrições, “deixou de ser possível fazer transferências de capitais de alguns países como, Angola, e os pais e familiares não lhes conseguem transferir dinheiro”, como explicou Orlando Rodrigues.
Segundo o Presidente do IPB, “a maioria (destes alunos) não têm bolsas, está a estudar em Bragança com fundos próprios. Outros, os familiares perderam o emprego e ficaram sem rendimentos, e outros tinham uma pequena atividade complementar, um trabalho que lhes proporcionavam alguns rendimentos suplementares e que perderam.
A ideia da campanha de Solidariedade partiu dos estudantes africanos, mas destina-se a apoiar todos os alunos estrangeiros com dificuldades devido a esta realidade e terá uma abrangência nacional.
Este apoio é para alunos estrangeiros porque, como disse o presidente do IPB, “os portugueses estão mais protegidos pelos instrumentos de proteção social que existem no país e de que não beneficiam os internacionais”.
O responsável do politécnico indicou que no caso do IPB existem “algumas situações” de alunos com dificuldades, mas ressalvou que “não é uma situação generalizada”.
O papel da Cáritas, uma Instituição Social da Igreja Católica, é gerir as acções de recolha de fundos e garantir que serão destinados aos fins associados.
A instituição, segundo o Bispo José Cordeiro, conhece estes casos, pois “são inúmeros os pedidos de jovens estudantes, seja por dificuldades nos seus próprios países, seja pela dificuldade nestes meses em se uderem organizar”.