Na altura em que muitos países tornam obrigatório o uso de máscaras em locais públicos, incluindo Cabo Verde, a Organização Mundial da Saúde volta a dizer não a essa prática, antes recomendada.
Em novo parecer, a OMS volta a reforçar que as máscaras só devem ser utilizadas por alguns grupos específicos ou de risco, como os infectados, pessoas com sintomas, cuidadores e profissionais da saúde.
“Há provas limitadas de que o uso de máscaras por indivíduos saudáveis nas suas casas, em contacto com pacientes infectados ou com pessoas que participaram em eventos com muita gente possa ser benéfico como medida preventiva”, declara a organização.
Ainda assim, a organização exclui um cenário em que as máscaras sejam usadas de forma universal.
“Não existe, até ao momento, prova científica de que usar uma máscara (seja cirúrgica ou de outro tipo) por pessoas saudáveis [ou seja, não infectadas e sem sintomas], possa impedir a infecção por vírus respiratórios, incluindo pela covid-19.”
Em Cabo Verde, o uso generalizado de máscaras passou a ser requisito obrigatório, a partir de 25 de Maio, segundo directiva do Governo publicada no Boletim Oficial, especialmente para a frequência de espaços e estabelecimentos públicos.
Ainda assim, varios estabelecimentos já adoptaram a medida, deixando clientes/utentes por atender em caso de não utilização do dispositivo de proteção.
A medida se estende ainda à utilização de máscaras comunitárias e/ou artesanais, já produzidas localmente e comercializadas pela Emprofac.
